Há uma cultura formal que é de bom tom manusear, a informal, ou especializada e temática, que vai um pouco mais longe e reserva, quase sempre, surpresas; e há, ainda, a cultura marginal cultivada pelos regionalistas, que também os elitistas disfarçados gostam de exibir. De alguma forma, é assim que se acantona um escol de eleitos.
Do apuro do dia, feito à noite, grande parte se perde. Uma boa fracção das experiências consome-se por si, no próprio acto do seu uso. Outra parte sofre uma triagem da memória que a arruma em dois níveis. Um nível de retenção permanente, para utilização, outro (sub-consciente?) que pode vir à tona, inesperadamente, numa situação de necessidade futura. Para ser usada.
Francamente não sei como se armazenam, diariamente, os sentimentos. Talvez venham a ser dissolvidos em sonhos...
P. S.: o quadro (1981), em imagem, de Jasper Johns (1930), intitula-se: "Between the clock and the bed".
Gosto muito do quadro.
ResponderEliminarIlusão de relevo neste jogo de cores e pequenos traços.
Parece-me ser bem adequado a estas divagações.
Boa noite.
Fico contente que tenha gostado.
EliminarEmbora J.J. tenha abusado, quanto a mim, nas excessivas "glosas" que fez sobre a bandeira norte-americana, não deixa de ter uma obra bem consistente. E o título deste quadro também me ajudou, no complemento destas "Divagações".
Boa noite.