sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Para uma melhor caracterização das personagens


Com a habitual lucidez que o caracteriza, António Guerreiro, na revista ípsilon, do jornal Público de hoje, comenta, na sua crónica O escritor e o seu duplo, a última entrevista de António Lobo Antunes, dada à jornalista Isabel Lucas, na mesma revista e na semana passada. Dêmos-lhe a palavra, através dum pequeno excerto, que me parece significativo:

"O discurso de António Lobo Antunes obriga-nos a uma metódica suspeita: lido em primeiro grau, em que o pressuposto é o de que ele acredita nas suas próprias palavras e se situa num registo de verdade, teríamos o mais ingénuo dos escritores; lido em segundo grau, em que o pressuposto é o da distância em relação às suas próprias palavras, teríamos o mais teatral e parodiante dos escritores, quando sobe ao palco das entrevistas. A segunda hipótese é muito mais interessante do que a primeira, e a mais verosímil. ..."

4 comentários:

  1. Claro que é a segunda hipótese e o registo já chateia.
    Miss Tolstoi

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    1. Já chateia, realmente, este tom de menino superior, mimado...
      Boa tarde!

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  2. Do Lobo Antunes só leio as crónicas.
    Boa tarde!

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    1. Eu fiquei-me pelos dois primeiros livros do senhor.
      Boa noite!

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