Com a habitual lucidez que o caracteriza, António Guerreiro, na revista ípsilon, do jornal Público de hoje, comenta, na sua crónica O escritor e o seu duplo, a última entrevista de António Lobo Antunes, dada à jornalista Isabel Lucas, na mesma revista e na semana passada. Dêmos-lhe a palavra, através dum pequeno excerto, que me parece significativo:
"O discurso de António Lobo Antunes obriga-nos a uma metódica suspeita: lido em primeiro grau, em que o pressuposto é o de que ele acredita nas suas próprias palavras e se situa num registo de verdade, teríamos o mais ingénuo dos escritores; lido em segundo grau, em que o pressuposto é o da distância em relação às suas próprias palavras, teríamos o mais teatral e parodiante dos escritores, quando sobe ao palco das entrevistas. A segunda hipótese é muito mais interessante do que a primeira, e a mais verosímil. ..."
Claro que é a segunda hipótese e o registo já chateia.
ResponderEliminarMiss Tolstoi
Já chateia, realmente, este tom de menino superior, mimado...
EliminarBoa tarde!
Do Lobo Antunes só leio as crónicas.
ResponderEliminarBoa tarde!
Eu fiquei-me pelos dois primeiros livros do senhor.
EliminarBoa noite!