domingo, 9 de novembro de 2014

Iconografia moderna e laica (21)


Creio ter encontrado, finalmente, o elemento que me faltava para a santíssima trindade (feminina) da modernidade - verdadeiros ícones sagrados para grande parte das senhoras, ilustradas, do meu tempo. E, porque é de bom tom citá-las ou referi-las (em livro, na crónica jornalística, em blogue, em conversa...), aqui ficam, ad usum delphinae, cronologicamente, os seus nomes famosíssimos:

1 Frida Kahlo (México, 1907-1954).
2 Clarice Lispector (Ucrânia, 1920-1977).
3 Myra Landau (Roménia, 1926).

4 comentários:

  1. Achei graça a este post. Sei da sua antipatia pela Frida Khalo e pela Clarice Lispector, mas porquê a Myra Landau neste trio?

    Eu gosto das três (mesmo não sendo uma senhora ilustrada, nem ser bem do tempo do APS ) As duas primeiras já conheço alguma coisa das suas obras há muito tempo. Da Myra Landau só ouvi falar (confesso a minha ignorância) desde que ando na blogosfera, e comecei a visitar o blogue dela. Gosto das pinturas da Myra Landau e admiro-a.

    Não ligava assim estes três nomes.

    Continuação de um bom domingo :)

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    1. A Isabel bem sabe como eu não consigo resistir, de vez em quando, a estas pequenas provocações bloguísticas..:-)) Que, neste caso, radicam em menores irritações instintivas e pessoais (mais do que racionais) provocadas por tipo de poses (das visadas) em relação qo mundo exterior. Para tentar criar mistério, empolgar e provocar uma sobrevalorização da sua obra artística. Penso que um artista deve ter uma postura discreta, evitar o exibicionismo, embora deva intervir, civicamente, na "res publica".
      Não estou consigo - e desculpe-me a franqueza - no gosto pela pintura da sra. Landau, que agora vive em Israel. E, na verdade, a sua fama é muitíssimo inferior às outras 2 visadas, muito embora tenha vindo a crescer, segundo me apercebo. Curiosamente, a sua "aura" começou e cresceu, a princípio, no Brasil, mas tem vindo a contagiar Portugal, de forma desmesurada (algum "lobby"?).
      Nada me move contra a condição feminina, antes pelo contrário. Citaria três figuras femininas, do século XX, por contraponto à trindade santíssima do poste. E que são: Virginia Woolf, Marguerite Yourcenar e Mª. Helena Vieira da Silva - verdadeiras vocações de grande e verdadeira qualidade, para mim.
      Porque, quanto a homens-artistas, também anda por aí muito embuste...
      Um bom resto de domingo, são os meus votos cordiais!

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    2. Um abraço, antes de mais.
      Atenção, gralha em cima do latim: delphini (temos de abrir o Cardoso Pires, coisa que eu não faço desde 1968, fónix). Salvo trocadilho...
      Outro abc (e já vão dois).

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    3. O "delphinae" foi uma liberdade poética, até porque se dirigia à "hagiografia" das senhoras delfinas..:-)
      Abraço cordial e obrigado pela sua estimada visita!

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