domingo, 23 de novembro de 2014

Em prosa (poética?) repentina, ao jeito de Prévert, e sem auto-crítica sequente


O castanho, sobretudo o mais pálido,
acaba por nos ser consensual
na sua amenidade prática e tranquila
de Outono. Mas há também um fogo rubro
nas folhas suicidas que se despem ou despedem
dos seus ramos, para a nudez tosca de Dezembro.

Há mistérios na Natureza que não convém desvendar,
como no amor - pelo seu encanto singular.
Nem os poetas sabem ao certo,
embora suspeitem,
que vão deixar de cantar.
Os números exactos não são o seu forte.

Nem sequer as certezas.



Sb., 23/11/2014.

10 comentários:

  1. Gostei do poema e da imagem:)

    Boa noite:)

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    1. Hockney é, quase sempre, um pintor notável. E obrigado.
      Boa semana!

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  2. Mui belo!
    A pintura de Hockney tb é linda.
    Boa semana aos dois!

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    1. Obrigado.
      O quadro é da última grande exposição de Hockney, e intitula-se: "Outono".
      Pelo menos, hoje, temos Sol..:-)

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  3. Belíssimo o poema !
    Muito bonito o quadro !
    Boa noite !

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    1. Muito obrigado pelas suas palavras.
      E uma boa noite, também!

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    1. Vinda de quem vem, a sua apreciação cala-me fundo.
      E muito lha agradeço, JMS.

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