Da região saloia, de positivo, o que primeiro me vem à memória, é o rústico e saboroso vinho de Cheleiros, que já não provo há mais de 30 anos. Se recuar mais uns 15, num restaurante caseiro - já desaparecido - do centro de Mafra, vêm-me à ideia uns bifes tenros de vitela que, por vezes, lá jantava às sextas-feiras. Para me compensar da semanal comida de caserna e para me dar forças para o cross matinal dos sábados.
Mas Mafra mudou imenso. Desembarcados no largo, frente ao Convento, demos pelo "Sete Sóis" que, além dum Caril de Lulas, gulosamente e cinegético, rezava assim:
- Ensopado de veado
- Alheira de caça
- Espetada de javali e veado
- Costeletas de javali.
Ora, esta variedade, em Maio, só por milagre ou por excesso de população bravia na Tapada... Bem fomos, dois do grupo, na Espetada que estava bem grelhada e esplêndida, fazendo-se acompanhar de batatas a murro, recheadas a Rocquefort, mais uma boa salada colorida. Esgotado o vinho que eu pedira, em primeira mão, trouxeram-me um amadurecido Casa de Santar 2003, tinto, que, embora com pé grande, estava macio de aroma e sabor. Mafra reconciliou-se-me pelo estômago, passados tantos anos, depois desse semestre inóspito de 1968.
A não perder, quem lá for, este restaurante "Sete Sóis", de bom serviço, e donde se pode ver (sala de jantar, no 1º andar) o Convento e lembrar Saramago, que era um homem sério, interventivo e, quase sempre, justo.
Isso é que tem sido um itinerário gastronómico, e não só. Boas viagens! Boas comidas!
ResponderEliminarGosto do Casa de Santar.
ResponderEliminarFaz-se o que se pode, embora controlando, com severidade, o orçamento disponível..:-)
EliminarO Casa de Santar é uma garantia, à partida.
Obrigado pelos votos amigos!
lá para cima diz-se 'barriga cheia, companhia desfeita'. Uma boa reeição é um bom motivo para reencontros
ResponderEliminarConheço, também, o rifão, mas não se aplicou, nesta situação concreta: ainda houve Ericeira e regresso a Lisboa..:-)
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