sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mulheres e Filosofia


O primeiro artigo do último TLS (nº 5859) aborda, a propósito da recensão de um livro (Women in Philosophy, de Katrina Hutchison e Fiona Jenkins), o facto singular de haver tão poucas mulheres filósofas. Cumulativamente, as mulheres a ensinar filosofia são também poucas na Europa. Entre 20 a 25%, em média. 
Ocorreu-me uma das razões, pouco fundamentada é certo, para este fenómeno: ser a Mulher pouco dada a especulações, e ser mais pragmática do que a maioria dos homens. Mas não estou seguro de ser a razão maior.
De alguma forma, o artigo de David Papineau vai nesse sentido. E estabelece, ironicamente, o paralelo com o facto de tão poucas mulheres se dedicarem a jogar bilhar. Citando, em abono desse facto, Steve Davis que não negava a habilidade das mulheres para jogos, mas que considerava que elas deviam achar que jogar bilhar era uma pura perda de tempo, sem qualquer utilidade...

9 comentários:

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    1. Admitamos que amplamente justificada..:-))
      Com a manhã invernosa, que hoje está...

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  2. Sem polémicas e sem querer entrar em discussões , a mim parece-me que as mulheres estão tão capacitadas como os homens para ser/fazer o que quer que seja, o mesmo que os homens, unicamente estão quase sempre menos disponíveis, muito menos, por causa da casa, dos filhos e afins, que diga-se o que se disser, são trabalhos que continuam a recair muito mais sobre as mulheres. Aquelas que podem dedicar-se a 100% ao estudo, ao trabalho intelectual, não têm essas preocupações.

    (Já joguei snocker, mas só de brincadeira)

    Bom dia:)

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    1. Estou inteiramente de acordo sobre a ambivalência dos géneros para o desempenho e capacidade de execucação das múltiplas actividades e artes. Com isto, não quero dizer que não haja uma pré-disposição maior de cada um dos géneros para determinadas funções. Talvez por um certo atavismo cultural e social.
      Mas não deixa de ser curioso que, ao ler o artigo, tentei lembrar-me de mulheres filósofas. E depois de algum tempo e esforço, só encontrei 3 nomes: Hannah Arendt, Simone Weil (talvez mais mística do que filósofa) e Simone de Beauvoir.
      Uma boa tarde!

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  3. Maria Zambrano.
    Parece-me que algumas começam por aí e depois derivam para outras matérias, como a Kristeva.
    Mas há poucas.

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  4. Grato pelas dicas. Não me lembraria da Kristeva, porque a dou como linguista, não é?
    Na verdade, são muito raras as mulheres filósofas.

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  5. Pois, depois enveredou por aí, e agora anda na literatura. Tem escrito uns romances.
    Bom dia!

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    1. Ainda li umas coisitas da Kristeva, mas achei-a massuda...
      Bom domingo!

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