O abastecimento de víveres, nestes dias de provação, requer especiais atenções. E, isto, porque não se pode, como dantes, por exemplo, ir pedir emprestado um raminho de salsa, à vizinha do lado, para o Bacalhau à Brás - que nos tinha esquecido. Há dias, no supermercado que costumámos frequentar, fiquei varado com o enorme rombo nas gôndolas dos vinhos e nas prateleiras dos chocolates: uma razia. Dos primeiros, nem sequer consegui fornecer-me minimamente.
Entretanto, quanto a peixe e carne, não me posso queixar, nem mesmo de frescos, que o pequeno Mercado vicinal tem tido de tudo e abundante, excepto no primeiro Domingo do confinamento decretado. Depois, recompôs-se, e bem, de todos os produtos essenciais.
Se fosse no tempo da Asiática (Gripe de 1957), eu torceria o nariz ao Empadão que HMJ, primorosamente, confeccionou, mas agora chamei-lhe um figo. De sobras de um Borrêgo à Pastora (que eu desejara) com a ajuda de um pouco de carne picada de novilho, cozinhou ela um empadão cor de laranja (por causa da cenoura), fazendo-o acompanhar de uma salada de beterraba, fria. Estava uma delícia! Veio um tinto Dão Grão Vasco (Quinta dos Carvalhais) 2016. Que cumpriu a sua função, aplicadamente.
Eu gosto de empadões e pudins salgados. Este tem um ótimo aspeto e, claro, devia estar uma delícia. :)
ResponderEliminarPeixe não tenho comido, exceto bacalhau. O mercado é longe, de modo que não tenho lá ido e também não tenho ido ao super. Em tempos houve aqui perto uma peixaria, mas infelizmente não vingou. Agora daria muito jeito.
Bom almoço!
Em novo, não os apreciava...
EliminarVamos criando novas rotinas e procurando os horários mais favoráveis para evitar as filas demoradas... Felizmente, e usando 3 pontos para compras, nas redondezas, nada nos tem faltado.
Foi, sem dúvida!
Borrego é o meu favorito (se bem que o rapaz cá de casa tenha sempre em mente um vivo, que viu na Covilhã, e fique cheio de pena). Em empadão deve ficar bem bom. Vou ter que investigar essa receita "à Pastora" :-) Belo prato (empadão com cenoura também nunca experimentei... deve ser bom - experiências em tempo de isolamento, a fazer)
ResponderEliminarBom dia
O Borrego à Pastora é de uma simplicidade desarmante, na feitura. Comêmo-lo, a primeira vez, na margem esquerda do Guadiana, em frente a Mértola, na "Casa Amarela" (?). É só fazer um estrugido, para a carne de borrêgo, dar-lhe um escaldão inicial e depois ir deixando ferver com lume baixo cerca de 1 hora e meia. No final, umas folhas de Hortelã. Acompanha apenas com fatias de pão alentejano.
EliminarBoa sorte!
Esqueci-me de referir a água, que é essencial, e que se deve ir deitando, para depois dar molho para o pão alentejano.
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