terça-feira, 10 de março de 2020

Do que fui lendo por aí... 35


Por esta altura, e a propósito, para me habituar, eu deveria estar a  ler Defoe ou Camus, ou então rever Visconti e a sua Veneza empestada. Mas aconteceu que me calhou, e bem na rifa, um velho volume (1966) de contos de Ernest Hemingway (1899-1961).
E por aí vou admirando e lembrando a sua concisão narrativa, a ausência de rodriguinhos floreados e pirotécnicos, leitura enxuta que bem poderia aproveitar a tantos plumitivos pernósticos, prolixos e medíocres que se vão publicando por aí. Como tortulhos incontinentes, a quem as editoras dão guarida e terreno, indiscriminadamente...



4 comentários:

  1. E que bom é rever a Veneza (ainda que empestada) de Visconti ao som de Mahler.
    Curiosamente comprei 'As Torrentes da Primavera seguido de Um Gato à Chuva e Outros Contos' do Hemingway, há precisamente quatro anos.
    Se não li tudo dele, ando lá perto :)

    Bom fim de tarde.

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    1. É um magnífico contista, mas da obra eu destacaria "Fiesta" (The sun also rises) na exemplar tradução de Jorge de Sena.
      Retribuo, cordialmente.

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  2. Morte em Veneza e a música de Mahler pode ser o acompanhamento "triste"
    para a peste actual. Fui procurar Hemingway "Na outra margem entre as
    árvores", mas não sei se o irei reler. Para tudo me falta vontade.

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    1. De Defoe, "A Journal of the Plague Year" também é um guia "edificante", sobretudo para quem não tenha vivido a Gripe Asiática de 1957...

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