Por esta altura, e a propósito, para me habituar, eu deveria estar a ler Defoe ou Camus, ou então rever Visconti e a sua Veneza empestada. Mas aconteceu que me calhou, e bem na rifa, um velho volume (1966) de contos de Ernest Hemingway (1899-1961).
E por aí vou admirando e lembrando a sua concisão narrativa, a ausência de rodriguinhos floreados e pirotécnicos, leitura enxuta que bem poderia aproveitar a tantos plumitivos pernósticos, prolixos e medíocres que se vão publicando por aí. Como tortulhos incontinentes, a quem as editoras dão guarida e terreno, indiscriminadamente...
E que bom é rever a Veneza (ainda que empestada) de Visconti ao som de Mahler.
ResponderEliminarCuriosamente comprei 'As Torrentes da Primavera seguido de Um Gato à Chuva e Outros Contos' do Hemingway, há precisamente quatro anos.
Se não li tudo dele, ando lá perto :)
Bom fim de tarde.
É um magnífico contista, mas da obra eu destacaria "Fiesta" (The sun also rises) na exemplar tradução de Jorge de Sena.
EliminarRetribuo, cordialmente.
Morte em Veneza e a música de Mahler pode ser o acompanhamento "triste"
ResponderEliminarpara a peste actual. Fui procurar Hemingway "Na outra margem entre as
árvores", mas não sei se o irei reler. Para tudo me falta vontade.
De Defoe, "A Journal of the Plague Year" também é um guia "edificante", sobretudo para quem não tenha vivido a Gripe Asiática de 1957...
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