domingo, 22 de março de 2020

Bibliofilia 144


Um dos cinco meus predilectos poetas castelhanos, Francisco de Quevedo y Villegas (1580-1645) foi também um notável e prolífico prosador. A Historia de la vida del Buscón (1626) bastaria para o consagrar na novela pícara de Espanha.
Creio que foi em meados dos anos 80 que adquiri, num alfarrabista lisboeta, esta Parte Primera de las Obras en Prosa de..., editada em 1664, por Melchor Sanchez, em Madrid, à custa de Mateo de la Bastida, comerciante de livros.


Na contracapa da encadernação em pergaminho, o livreiro-alfarrabista inscrevera a lápis o seguinte: "Palau, 243577, refere: «não visto, porque só existe um exemplar na Biblioteca do Arsenal em Paris»". Realmente o livro era raro, porque pesquisas posteriores, de HJM e minhas, detectaram apenas mais 6 exemplares em toda a Espanha, 3 dos quais em bibliotecas particulares.
Infelizmente, na altura da compra do meu exemplar, não tomei nota do valor que dei pelo livro. 

4 comentários:

  1. Não me lembro de ter lido prosa de Quevedo, só poesia. A esta volto de vez em quando.
    Bom domingo!

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    1. Daquilo que conheço, em prosa, aconselho-lhe e destaco "O Buscão", de que existe (Livros do Brasil) uma versão com introdução competente de João Palma-Ferreira.
      Retribuo, cordialmente.

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  2. Ao ler estas crónicas da secção de Bibliofilia penso sempre num livro de Umberto Eco intitulado "Não Contém Com o Fim dos Livros", que possivelmente já leu, porque encontro essa bela paixão pelos livros, que também partilhamos.
    Um bom domingo!

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    1. Este gosto pelos livros não se sabe bem donde parte. Até porque lá por casa da minha infância não haveria mais de 100 livros, e hoje a minha biblioteca conta vários milhares...
      Retribuo, cordialmente.

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