Com 7 números (dois deles, triplos) dispersos e com a capa do nº 1, em mísero estado, a que um restauro não bastou, adquiri estes exemplares de A Águia no início dos anos 90, por preço módico, dado o estado de conservação do lote, que não era famoso. A revista é, surpreendentemente, uma das mais longevas, em tempo de duração, das publicações nacionais, só comparável, creio, à Seara Nova, que tinha um pendor mais político do que literário e contava com alguns dos mesmos colaboradores (António Sérgio, Raul Proença...).
Com início de publicação em Dezembro de 1910, pouco após a implantação da República, e até 1932, A Águia foi dirigida, ainda que discretamente, por Teixeira de Pascoaes (1877-1952), tendo direcção artística do pintor António Carneiro (1872-1930). A revista, editada pela Renascença Portuguesa, no Porto, deu voz ao Saudosismo, corrente literária muito difundida na época. Teve a sua ressurreição em anos mais recentes (2008), mas creio que, dificilmente, virá a ser tão longeva como a sua progenitora...
Nota: a única colecção completa de "A Águia" vendida, de que tive conhecimento, foi num leilão, no Porto, em 2007 e atingiu o valor de 4.500 euros. A variação de preços em exemplares soltos é totalmente desordenada: já vi números duplos (nº 17/8 e 19/20) precificados a 63,60 euros, cada. Bem como um exemplar triplo (nº 109/110/111), de 1924, anunciado ao preço de 15 euros. Por aqui se podem imaginar os critérios e despautérios de alguns alfarrabistas.
Nota: a única colecção completa de "A Águia" vendida, de que tive conhecimento, foi num leilão, no Porto, em 2007 e atingiu o valor de 4.500 euros. A variação de preços em exemplares soltos é totalmente desordenada: já vi números duplos (nº 17/8 e 19/20) precificados a 63,60 euros, cada. Bem como um exemplar triplo (nº 109/110/111), de 1924, anunciado ao preço de 15 euros. Por aqui se podem imaginar os critérios e despautérios de alguns alfarrabistas.
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