sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Da guerra, a I G. G., em particular


O penúltimo TLS (nº 6032) dedica um extenso e importante dossiê à literatura originada pela I Grande Guerra, por ocasião do centenário do seu término. Na parte iconográfica alusiva à temática, achei particularmente interessante a ilustração de Ella Baron (1995) e a legenda que a acompanha, retirada da obra The Things They Carried, do escritor norte-americano Tim O'Brien (1946). Muito embora as suas palavras partam da experiência bélica no Vietname, as suas recordações reflexivas, podem aplicar-se a todas as guerras e à memória que delas ficam, em cada ser humano.
Por esse motivo, decidi traduzir, em versão muito livre, a legenda de Tim O'Brien, que sublinha o desenho sugestivo de Ella Baron.
Como se segue:

" À hora do entardecer, sentamo-nos na nossa toca de raposa... e, embora amanhã de manhã, devamos ter... que fazer coisas terríveis e até talvez possamos morrer, mesmo assim... sentimos a maravilha e o temor do pôr-do-sol... A guerra já ocorreu há muito tempo, mas a sua recordação regressa de novo. E, algumas vezes, isso leva-nos até uma história que a torna eterna. É para isso que as histórias servem. As histórias são para religar passado e futuro."

2 comentários:

  1. Bom dia! Este poste trouxe-me à memória uma revistas muito antigas
    que estão em muito mau estado pois já correram várias casas e teriam
    sido dadas ao meu querido pai pelos patrões. Muitas vezes me entretive
    a vê-las quando era muito nova. Agora com este seu tema resolvi pegar
    nelas. Tenho "La Guerre Illustrée" de Março-1917 com muitas fotografias
    impressionantes."Uma "Ilustração Portugueza" de 1915 onde grande parte
    são desenhos. Lutando com o Lôdo é um desenho assustador.
    Ainda tenho Illustração Portugueza de 1905 e 19O6 mas em péssimo estado.
    Peço desculpa pelo extenso comentário.


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    1. Tenho pouca coisa sobre a I G. G.. Mas, em finais dos anos 70, fui visita familiar de uma casa, no Algueirão, que tinha muito bibliografia e revistas, também, sobre esse conflito. Li e vi coisas muito interessantes, que, nos anos 80, foram vendidas, depois, para um alfarrabista de Lisboa.
      É sempre bem-vinda, Maria Franco.
      Um bom resto de Domingo.

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