quarta-feira, 18 de abril de 2012

Retro (11)

Ainda os há no Rossio, às vezes, mas já são muito poucos. Como as "manicures", nos barbeiros que, praticamente, já quase se extinguiram. Até nos barcos para Cacilhas havia engraxadores, já velhos, no entanto. Juntavam ao seu parco negócio a venda de lotarias, para ajudar ao sustento. E, para muita gente, era de bom tom engraxar no exterior, lendo o jornal, displicentemente. Alexandre O'Neill perpetuou-os em verso:

- O senhor engenheiro hoje não engraxa?
- Não. Engraxo na Baixa!

5 comentários:

  1. A foto é muito gira. E os dois versos do O'Neill... são para sempre.

    ResponderEliminar
  2. Também achei, MR. A concisão é magistral!...

    ResponderEliminar
  3. Senhor engenheiro, engraxa?
    Não, hoje engraxo na Baixa...

    Vale o mesmo, mas assim é que eu guardo na memória.
    Se calhar, estou errado...

    ResponderEliminar
  4. Estou longe (Porto) da minha "oficina" (Lx.), logo que regresse, cotejo, meu caro Albino M.. Se for o caso, rectificarei. E obrigado!...

    ResponderEliminar
  5. Mais vale tarde...só, hoje, cotejei o dístico, meu caro Albino M., e confirmei que a citação que fiz, estava certa ("No Reino da Dinamarca", Guimarães Editores, 1974). Poderá verificar, na página 118 do livro referido.

    ResponderEliminar