Os degraus estão lá, ainda. Mostrei-os a HJM. Onde, em 1962 (Maio?), se me deu o clique mental político que acompanhou o som do puxar da culatra da metralhadora de um polícia de choque que, integrado no pelotão repressivo, invadiu o campus universitário, pela primeira vez, em séculos. Até aí, eram os archeiros que cumpriam essa autoridade, a contento do poder e dos estudantes. Aberto o precedente, havia de repetir-se a intrusão policial, em 1969, com mais aparato e dureza.
Agora, os archeiros e os bedéis têm novas fardas e até tive dificuldade em identificá-los, mas os murais no interior de Letras são os mesmos, marcadamente figurativos como os soviéticos da mesma época. E o meu olhar fixou-se, como antigamente, no canto inferior direito e na imagem digna do cego Homero, que não envelhecera, na sua meia idade eterna de aedo e patrono das Humanidades conimbricenses. E, nessa recordação votiva, me veio à memória a amorável imagem de Maria Helena da Rocha Pereira (1925-2017), professora que me leccionou Cultura Clássica, há quase 60 anos...
Maria Helena da Rocha Pereira, uma senhora que só conheço dos livros que tanto falam por ela.
ResponderEliminarUma grande Senhora, inteiramente.
EliminarUma recordação partilhada e da qual gostei.
ResponderEliminarBoa semana.
Muito obrigado, Maria Franco.
EliminarRetribuo, com estima.
Que calmos foram os meus tempos de estudante!
ResponderEliminarE hoje quase se esquece o quanto foi preciso lutar para aqui chegar!
Boa semana
E felizmente que há paz e tranquilidade no Ensino.
EliminarMuito embora eu não deixe de pensar, à distância, que, na juventude, isso também foi uma espécie de aventura..:-)
Retribuo, cordialmente.