1.
O animal que chora, esse morou na tua alma antes de ser amarelo;
o animal que lambe as feridas brancas,
esse está cego de misericórdia;
o que dorme na luz e é miserável,
esse agoniza no relâmpago.
A mulher cujo coração é azul e te alimenta sem descanso
essa é tua mãe no interior da ira;
a mulher que não esquece e está nua no silêncio,
essa foi a música dos teus olhos.
Vertigem na quietude: pelos espelhos entram substâncias
corporais e as pombas ardem. Desenhas juízos e tempestades
e lamentos.
Assim é a luz da velhice, assim
a aparição das feridas brancas.
Belo poema! Boa tarde!
ResponderEliminarNão é um poema fácil, mas é realmente um belo poema..:-)
EliminarBoa tarde!
Já o li ontem e hoje voltei a fazê-lo. Um lindo poema numa boa tradução.
ResponderEliminarBom sábado!
Muito obrigado, MR. É na verdade um grande poema.
EliminarBom fim-de-semana!