A Bélgica é um país pequeno, mas tem edifícios enormes a atestar, de forma inequívoca talvez, um passado imperial (Congo, Ruanda...), ainda que muito breve, em tempo de seu exercício...
A estação ferroviária de Antuérpia, construída entre 1895 e 1905, é um bom exemplo dessa desmesura, embora hoje razoavelmente aproveitada nas suas três plataformas de vias para comboios de vários destinos europeus.
Ponto turístico de consenso geral, como para mim é, do ponto de vista particular, a livraria De Slegte, à beira da casa(-museu) de Rubens, pintor que eu já não frequento por devoção artística, também pela sua desmesura de celulites, tão bem expressa no Rapto das Filhas de Leucipo (hoje, em Munique), que colhia as minhas preferências juvenis, em detrimento dos retratos da também nutrida Hélène de Fourment.
A De Slegte, comedidamente distribuída por três andares, dedica um deles aos livros usados, a bom preço normalmente. De lá trouxe, há uns anos, uma abada de livros de Simenon que me faltavam, sem esportular muitos euros. Desta vez, tive menos sorte. Mas ficaram-me os olhos num Le Marteau sans Maître, de René Char, na sua edição original (500 exemplares), autografada, acompanhada de uma carta do poeta francês, justificando a oferta. Pediam 600 euros pelo lote, mas eu não estava preparado para tanto...
Tive de me contentar com a versão francesa de An der Zeitmauer, de Ernst Jünger, em muito bom estado e por abrir, que me custou apenas 10 euros, e que tenho vindo a ler, com agrado e proveito.
A De Slegte, comedidamente distribuída por três andares, dedica um deles aos livros usados, a bom preço normalmente. De lá trouxe, há uns anos, uma abada de livros de Simenon que me faltavam, sem esportular muitos euros. Desta vez, tive menos sorte. Mas ficaram-me os olhos num Le Marteau sans Maître, de René Char, na sua edição original (500 exemplares), autografada, acompanhada de uma carta do poeta francês, justificando a oferta. Pediam 600 euros pelo lote, mas eu não estava preparado para tanto...
Tive de me contentar com a versão francesa de An der Zeitmauer, de Ernst Jünger, em muito bom estado e por abrir, que me custou apenas 10 euros, e que tenho vindo a ler, com agrado e proveito.
Também gosto dessa livraria (conheço a de Leiden, mas também sei que há em Roterdão).
ResponderEliminarBom dia! E bom regresso! :-)
Não sabia que havia filiais na Holanda. Mas a De Slegte, quando vou a Antuérpia, é um "must"..:-)
EliminarObrigado.
Bom dia!
Nada como visitas a livrarias, para uma viagem ficar a saber ainda melhor! Folgo vê-lo/lê-lo de regresso.
ResponderEliminarBoa tarde!
Muito obrigado, Paula.
EliminarÉ verdade, e só não trouxe mais livros por causa do peso das malas..:-)
Boa tarde, também!
Como o compreendemos tão bem! Já se torna um hábito para nós a minimização da roupa para maximização de espaço para livros (com uns pontos cruz à mistura, claro) :-)
EliminarNo meio da nossa experiência, passa um ano (1986) em que, o uso do comboio, nos permitiu trazermos dezenas de livros, de Madrid..:-)
EliminarBons passeios e boas compras! E boa tarde!
ResponderEliminarJá acabou, mas houve boas colheitas..:-)
EliminarBoa noite!
Pena o Char estar tão caro...
ResponderEliminarBem vindo!
Pois foi..:-(
EliminarObrigado!
Vamos tomar nota do nome da livraria que refere, porque pelo que nos conta me fez lembrar a Gibert Joseph em Paris (de onde vimos sempre carregados de livros), onde fazemos sempre excelentes compras.
ResponderEliminarAcredite que aqui em casa sentimos a falta das suas crónicas:-)
Muito boa tarde!
Muito boa tarde!
Embora o acervo da livraria seja, maioritariamente, em língua neerlandesa (flamengo), há também muitas obras em francês.
EliminarAgradeço as suas amigas palavras, que são sempre um estímulo bem-vindo.
Em tempo: acolhida a sua sugestão, comprei, em Colónia, "L'ordre du jour", de Éric Vuillard. Mas ainda não o li. Estou a tentar levar a eito o começado: E. Jünger, que vai a meio.
Uma boa noite!
Penso que vai gostar do livro, foi uma oferta de Natal da Paula, comprada na Livraria Francesa em Lisboa e devorei o livro em dois dias:-)
EliminarMuito bom dia!
Também creio que vamos convergir no gosto..:-)
EliminarUma boa tarde!
Muito bem vindo, de regresso a este espaço. Já agora
ResponderEliminare apenas por curiosidade, qual é o nome da livraria em
português?.E o quadro apesar da desmesura dos corpos é
uma pintura cheia de movimento. Uma boa noite.
Obrigado, Maria Franco.
EliminarPouco apropriada a tradução (do africander) seria: o mau (o"schlecht" alemão) ou ruim - com favor..:-)
Não há dúvida que o quadro de Rubens tem ritmo e movimento, a que o signo dos Gémeos ajudam...
Boa noite!