No seu livro Souvenirs de la Cour d'Assises, André Gide (1869-1951) refere:
Desde sempre os tribunais exerceram sobre mim um fascínio irresistível. Em viagem há, sobretudo, quatro coisas que me atraem numa cidade: o jardim público, o mercado, o cemitério e o Palácio de Justiça.
Se o turismo funerário está hoje na moda ( que o digam o Père Lachaise e o Cemitério de Praga ), os tribunais não creio que tenham sido, alguma vez, motivo de particular atenção para os turistas. Se alguns homens têm especial apetência pelos cafés e algumas senhoras se derretem pelas pastelarias (infâncias amargas?), o turista vulgar gosta sobretudo de sentir as ambiências e surpreender os costumes das cidades ou vilas estrangeiras.
Eu confesso a minha fraqueza pelas livrarias e museus, mas, quando vou a Barcelona, não resisto a dar uma volta por La Boqueria...
Pensei imediatamente nas viagens lá de casa. Fazemos uma verdadeira mistura de museus, cafés, livrarias e pastelarias (e como a minha infância foi doce!), gostando muito de ver a vida a passar com um livro ou jornal na mão numa esplanada.
ResponderEliminarBom dia :-)
Bom dia
Bom dia!
EliminarRealmente, a perspectiva que se colhe de uma esplanada, havendo bom tempo, é a melhor amostra de uma cidade.
Pois eu também vou pelos museus, livrarias e cafés. Cemitérios jamais, como disse um nosso ex-ministro.
ResponderEliminarGosto muito de mercados, mas só costumo vê-los se me aparecem no caminho.
Bom dia!
La Boqueria sempre me pareceu singular, embora os antigos Bolhão e Ribeira também tivessem "raça"..:-)
EliminarBom dia!
Como disse a Paula adoramos ver a vida a passar sentados numa esplanada sempre na companhia de um livro e nas viagens há sempre livrarias e listas de livros para procurar, assim como exposições e alguns museus que se tornaram favoritos, mas também confesso que fomos ao Père Lachaise, em busca do local onde repousa Proust e infelizmente não encontrámos o lugar. Já Gide na sua viagem à URSS encontrou outros pontos de interesse:)
ResponderEliminarBoa tarde, com chuva e frio!
Politicamente incorecto, Gide foi bastante corajoso, na altura, a denunciar o que não achou bem na U.R.S.S., ao contrário de muitos outros intelectuais e artistas.
EliminarPenso que não andamos muito longe em relação às opções em viagens.
Pouca chuva, mas muito frio, na verdade. Uma boa noite!
Errata:
Eliminaronde escrevi "incorecto", queria escrever: incorrecto.
Ao contrário de Sartre que foi o último dos grandes intelectuais franceses a reconhecer que algo de bastante errado se passava na URSS, Gide ao regressar foi bem explicito naquilo que viu e escreveu contra a corrente, como muito bem refere na sua resposta, mas durante a sua visita gostou de alguns aspectos do quotidiano, que por lá encontrou. O canal Arte passou recentemente um filme sobre essa viagem de Gide e a posição dos intelectuais franceses em relação à URSS, talvez ainda esteja disponível no site do Arte ou no Youtube.
EliminarBom fim-de-semana!
Não há muito, li a tradução portuguesa do livro de Gide (Viagem à União Soviética [?]), em que ele era muito claro, sobre o que viu e também sobre o que suspeitou. Na altura, foi uma pedrada no charco.
EliminarBom dia!
Quando viajava gostava de andar a pé, de sentir o
ResponderEliminarpulsar diferente de outros espaços. Claro que também
visitei monumentos. Hoje já nem ao Porto consigo ir.
Desejo-lhe um bom fim de semana.
A primeira vez que fui a Londres, por uma semana, fiz planos pedestres para 4 dias, minuciosamente, e que cumpri. Vi o essencial.
EliminarEm Outubro (2017), a pé e o pouco aonde fui, já me custou um bocado..:(
Retribuo, cordialmente.
Eu sou como a Paula Lima - lojas de bolos e chocolates, cafés, livrarias, museus... Mas cemitérios e tribunais (ou coisas semelhantes) dispenso. Bom dia!
ResponderEliminarRespeite-se o gosto de cada um..:-)
EliminarBom fim-de-semana!