Eu deveria, em 1937, quando deixei a Roménia, ter ido para a Inglaterra. Não tenho nada em comum com os ingleses, eles são mestres deles mesmos, não são nem expansivos nem agressivos, não se abrem a confidências, não se abandonam à cólera. Eu teria aprendido com eles as boas maneiras.
Junto dos Parisienses, com quem partilho todos os defeitos, eu não destoaria. Porque eles têm o dom de me pôr fora de mim, pela sua irritabilidade, os seus modos impertinentes, os seus ares sobranceiros, a sua vaidade - tudo defeitos que não me são estranhos. Todos os dias eu tenho de fazer um esforço sobre mim - quase sempre sem resultado - para não entrar em litígio com as pessoas...
E. M. Cioran (1911-1995), in Cahiers / 1957-1972 (pg. 874).
:-) Boa tarde!
ResponderEliminarBoa noite!..:-)
EliminarNão tenho nada esta ideia dos ingleses.
ResponderEliminarQuanto aos parisienses, já lá vai este tempo, talvez porque já haja poucos parisienses. :)
Bom dia!
Generalizar é sempre excessivo. Mas não estou em total desacordo com Cioran, sobre os ingleses. Dos franceses, não sei...
EliminarBom dia!