segunda-feira, 4 de abril de 2016

O comer vimaranense


À saída, o sr. Florêncio, que obstruía a porta, olhando o horizonte em busca de uma aberta azul sobre a chuva contínua, quando deu por nós, desculpou-se numa frase que eu já não ouvia, há séculos, em toda a sua propriedade e esplendor: "Desculpem-me!, que eu não dei fé..." E, graciosamente discreto, afastou-se, deixando-nos sair para a rua.
Trazíamos, de nossa conta, 6 maviosos e macios pastéis de bacalhau, broa e rosca vimaranenses, uns filetes de pescada com arroz de feijão vermelho que HMJ não chegou a acabar; pela minha parte, matei saudades da língua estufada com as competentes ervilhas, batatas e um arroz branco boníssimo. Só do Minho não foi o Diálogo duriense de 2014, tinto Nieeport. Tudo a preceito.
É bom que se diga que o sr. Florêncio levou grande parte da sua vida, que já vai em oitenta e picos, a construir a excelência do seu Restaurante. Com sucesso. É um must de Guimarães, e fica a cerca de um quilómetro do Castelo, na rua da Senhora da Madre Deus, a caminho de S. Torcato. Assim abençoado de pergaminhos e toponímia...

2 comentários:

  1. Acho que almocei no Florêncio quando fui a Guimarães, em 2012, e que lhe pedi umas sugestões...
    Bom dia!

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    1. É bem provável. Bem como o "Etc.", aonde também fomos, desta vez, mas que tem muitos arrebiques, nas sobremesas...
      Boa tarde!

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