Terei de confessar que, até há pouco tempo e talvez sem grande fundamento racional, a minha opinião sobre a obra de Eugénio Lisboa (1930) não era muito lisonjeira. O seu acrisolado afecto literário - que me parecia exagerado e acrítico - por José Régio, terá decerto contribuído para essa minha apressada opinião e preconceito.
Ando a ler As vinte e cinco notas do texto (IN-CM, 1987), pelo exemplar que Eugénio Lisboa ofereceu e dedicou a Ascêncio de Freitas (1926-2015). Bastaria o capítulo "O Teatro de Jorge de Sena" (pgs. 35 a 44) para alterar os meus preconceitos desajustados. É uma análise brilhante e comparativa, do ponto de vista biográfico, entre a peça O Indesejado e a personalidade psicológica de Sena.
Mea culpa... E, desde já, emendo a mão e recomendo, sem reservas, para quem se interesse pela obra do autor de "Sinais de Fogo", a leitura deste livro de ensaios de Eugénio Lisboa.
Costumo ler e gostar das crónicas de Eugénio Lisboa no JL. E gosto do seu humor, muitas vezes corrosivo. Diverte-me.
ResponderEliminarQuero ver se me abalanço a ler os seus diários.
Eu também, mas com a tal pedra no sapato...
EliminarTenho os 2 volumes prometidos, de empréstimo, de um amigo.
Bom resto de fim-de-semana!