Eu sempre cobicei este livro. Mas achava uma redundância, tendo eu quase todos os livros da Ática, com as obras mais importantes de Fernando Pessoa, ainda ir comprar o da Aguilar que, no trabalho aturado de Maria Aliete Galhoz tinha, no entanto, alguns inéditos, para a época em que foi publicado.
Por outro lado, a obra, mesmo usada (a edição original é de 1960), não era barata.
Mas a oportunidade surgiu, há cerca de duas semanas. No meu alfarrabista de referência, lá estava o livro, embora com a pele ligeiramente esgarçada na lombada, e a um preço imperdível e muito convidativo: 6 euros. Lá o trouxe para casa, todo contente. E já o fui folheando, com prazer inaudito. Marquei-o (pg. 316), com o fitilho, no Sonêto já Antigo ("Olha, Daisy: quando eu morrer tu hás de...") que é, da obra de Pessoa, um dos poemas de que mais gosto, e fui andando...
Das barbearias que o Poeta frequentou, conheço eu duas. Uma do Largo do Chiado (temporariamente, mudou para a Rua do Loreto) e outra, em Campo de Ourique, que o meu filho mais velho descobriu e frequenta. Mas, da leitura dos textos em prosa pessoanos - do livro em referência -, achei que seria curioso fazer o levantamento dos restaurantes (já nem falo do Martinho, por ser lugar comum...) onde o Poeta refeiçoou. Emblemático, o poema Dobrada à moda do Porto ( a pgs. 388 e 389) bastante conhecido, mas também os restaurantes onde teria travado relações com Bernardo Soares e outro heterónimo (Vicente Guedes)...
Ah, já repararam na sumptuosidade do ex-libris do antigo possuidor do livro?!...
Uma edição de referência. Não tenho, mas consultei-a muitas vezes. Por esse preço...
ResponderEliminarBom dia!
Foi realmente um óptimo preço...
EliminarE fica tudo à mão, para consulta: é muito prático.
Bom dia!
Pronto! É escusado! Fico sempre invejosa dessas suas preciosas aquisições!
ResponderEliminar:)
Percebo perfeitamente, Isabel.
EliminarMas também nem sempre me acontecem estes "achados"...
Bom dia!..:-)