sábado, 16 de janeiro de 2010

A segunda morte de Eugénio de Andrade



No próximo dia 19 de Janeiro completam-se 87 anos sobre o nascimento de Eugénio de Andrade (1923-2oo5), poeta que tive o grato privilégio de conhecer pessoalmente. Em Junho próximo farão 5 anos sobre a sua morte. Mas parece que há gente, interesses e negligências apostados,

de uma forma mesquinha e sórdida, em sepultá-lo, mais uma vez.

O jornal "Público" de hoje faz-se eco de desavenças, equívocos e razões economicistas e de "Estado" que poderão levar ao colapso e desaparecimento da Fundação Eugénio de Andrade, sediada na Foz/Porto.

Para lá do poema que vou transcrever, abaixo, voltarei a Eugénio, proximamente.

"Frente a Frente


Nada podeis contra o amor.

Contra a cor da folhagem

que renasce,

contra a carícia da espuma,

contra a luz, nada podeis.


Podeis dar-nos a morte,

a mais vil, isso podeis

- e é tão pouco!"

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