domingo, 3 de janeiro de 2010

Nos 50 anos da morte de Albert Camus






Completam-se, amanhã, exactamente 50 anos sobre a morte de Albert Camus (1913-1960), num brutal acidente de viação. Figura incontornável quer no desespero existencial do seu pensamento, quer na esperança quase juvenil e generosa de pensar o futuro, A.C. foi Prémio Nobel de Literatura, em 1957. Algumas das suas obras, mais importantes, ajudaram a crescer a minha geração. Destaco "O Estrangeiro" e "O Mito de Sísifo" que ele terminava com esta frase lapidar : "É preciso imaginar Sísifo feliz."


Transcrevo um pequeno excerto do discurso que Albert Camus pronunciou, em Estocolmo, quando recebeu o Prémio Nobel. São palavras, ainda hoje, de grande actualidade.


"...Cada geração sente-se, sem dúvida, condenada a reformar o mundo. No entanto sabe que não o reformará. Mas a sua tarefa é talvez ainda maior. Ela consiste em impedir que o mundo se desfaça. Herdeira de uma história corrupta onde se mesclam revoluções decaídas, tecnologias enlouquecidas, deuses mortos e ideologias esgotadas, onde poderes medíocres podem hoje destruir tudo, mas não convencer, onde a inteligência se rebaixou para servir o ódio e a opressão, esta geração tem um débito para com ela mesma e para com as próximas gerações, que é restabelecer, a partir das suas próprias negações, um pouco daquilo que faz a dignidade de viver e de morrer..."

4 comentários:

  1. Não conheço este livro de Camus.

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  2. "L'Été" é composto de 8 pequenos ensaios(1939-1953) de A.C.O texto que LB transcreveu pertence ao conjunto.Mas aquele que eu gosto mais é o último: "La mer au plus prés" e que começa assim-"J'ai grandi dans la mer et la pauvreté m'a été fastueuse, puis j'ai perdu la mer, tous les luxes alors m'ont paru gris, la misère intolérable. ..."

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  3. É um belíssimo livro. Comprei o meu há pouco tempo, numa Fnac. Custou dois euros.
    É a edição que está aqui:

    http://www.folio-lesite.fr/Folio/livre.action?codeProd=A33777

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  4. Caro "c.a.":
    acho que fez uma bela compra!

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