Completam-se, amanhã, exactamente 50 anos sobre a morte de Albert Camus (1913-1960), num brutal acidente de viação. Figura incontornável quer no desespero existencial do seu pensamento, quer na esperança quase juvenil e generosa de pensar o futuro, A.C. foi Prémio Nobel de Literatura, em 1957. Algumas das suas obras, mais importantes, ajudaram a crescer a minha geração. Destaco "O Estrangeiro" e "O Mito de Sísifo" que ele terminava com esta frase lapidar : "É preciso imaginar Sísifo feliz."
Transcrevo um pequeno excerto do discurso que Albert Camus pronunciou, em Estocolmo, quando recebeu o Prémio Nobel. São palavras, ainda hoje, de grande actualidade.
"...Cada geração sente-se, sem dúvida, condenada a reformar o mundo. No entanto sabe que não o reformará. Mas a sua tarefa é talvez ainda maior. Ela consiste em impedir que o mundo se desfaça. Herdeira de uma história corrupta onde se mesclam revoluções decaídas, tecnologias enlouquecidas, deuses mortos e ideologias esgotadas, onde poderes medíocres podem hoje destruir tudo, mas não convencer, onde a inteligência se rebaixou para servir o ódio e a opressão, esta geração tem um débito para com ela mesma e para com as próximas gerações, que é restabelecer, a partir das suas próprias negações, um pouco daquilo que faz a dignidade de viver e de morrer..."
Não conheço este livro de Camus.
ResponderEliminar"L'Été" é composto de 8 pequenos ensaios(1939-1953) de A.C.O texto que LB transcreveu pertence ao conjunto.Mas aquele que eu gosto mais é o último: "La mer au plus prés" e que começa assim-"J'ai grandi dans la mer et la pauvreté m'a été fastueuse, puis j'ai perdu la mer, tous les luxes alors m'ont paru gris, la misère intolérable. ..."
ResponderEliminarÉ um belíssimo livro. Comprei o meu há pouco tempo, numa Fnac. Custou dois euros.
ResponderEliminarÉ a edição que está aqui:
http://www.folio-lesite.fr/Folio/livre.action?codeProd=A33777
Caro "c.a.":
ResponderEliminaracho que fez uma bela compra!