João Xavier de Matos (1730?-1789) foi poeta lido e estimado no séc. XVIII. Almeida Garrett refere o seu nome no prefácio à "Lírica de João Mínimo". A sua écloga "Albano e Damiana", inicialmente impressa em folheto, teve imensas edições (1758, 1768, 1784, 1790...) e seria depois integrada num dos três volumes das suas "Rimas".
O primeiro tomo da sua obra foi impresso em 1770, teve uma 2ª edição, no Porto (Officina de Clamopin, Grouteau Durand), em 1773, uma terceira edição de novo em Lisboa, em 1775. Neste mesmo ano saíu o II volume das "Rimas", mas só em 1783 viria a ser publicado o III tomo, completando-se, assim, a obra impressa em livro de João Xavier de Matos, fervoroso admirador de Camões. A última publicação das suas obras foi em 1827 e ficou a dever-se à Academia das Ciências. Depois, o silêncio, apenas quebrado - creio - por dois artigos : um, de Jacinto Prado Coelho, outro de David Mourão-Ferreira.
O nosso exemplar do I tomo das "Rimas" de Albano Erithreo, assim se chamava Xavier de Matos na Arcádia Portuense, foi comprado no final dos anos 70 do século passado e custou Esc. 800$00 (cerca de euros 4,00), em Lisboa. Está completo, em razoável estado de conservação, muito embora a encadernação merecesse um restauro. Não é muito frequente aparecer à venda em alfarrabistas ou em leilão.
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