domingo, 9 de junho de 2019

No tempo das cerejas


Amália Rodrigues dizia, com graça evasiva, quando lhe perguntavam a idade, que tinha nascido no tempo das cerejas. O que, nessa altura, seria pelos idos de Julho. Ora, hoje em dia, elas chegam mais cedo. E, este ano, já provámos as da Gardunha e fomos buscar, esta manhã, uma caixa delas e de Resende, ao Telmo, que é um moço singular. A rondar os 30, é licenciado em História, e esteve, no ano passado, num dos Emirados, a praticar arqueologia. Ganha a sua vida, e creio que bem porque é competente naquilo que faz, no Mercado do Monte, à frente do  seu lugar de frutas e verduras de boa qualidade e frescura. Atencioso, sério e com um sorriso sempre pronto, natural.
À saída, ainda vi ao longe, a filha da Leonor, que ajuda a mãe, aos fins-de-semana, a amanhar e vender peixe. Pequena, jovem e franzina de corpo, é dinâmica e simpática. Como o Telmo, também é formada em História e está a acabar o Mestrado.
O Mercado do Monte tem destas singularidades humanas e, por encomenda ao Telmo, umas magníficas cerejas de Resende. Que, lá para a noitinha, hão-de encher alguns frascos de compota, sob a sábia administração e manufactura de HMJ.
Assim seja!

Em tempo e mais tarde:

4 comentários:

  1. Gosto mais das cerejas pretas e pequenas do que das vermelhas. E as que eu gosto são difíceis de encontrar. Boa tarde!

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    1. Estou a vê-las... Mas estas de Resende também são muito boas.
      Uma boa noite.

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  2. Já comi este ano umas do Douro, muito boas, mas não vi se eram de Resende.
    Boa semana!

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    1. Só nos faltam provar as de Palmela...
      Retribuo, cordialmente.

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