segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A queda do anjo


Um desastrado turista brasileiro, em busca de um melhor ângulo fotográfico, no MNAA, ontem, ao recuar fez cair uma preciosa escultura do séc. XVIII, representando S. Miguel. Sendo de madeira, policromada, embora bastante danificada pode vir a ser recuperada, mediante um restauro competente.
Assisti a uma situação parecida, era criança, no Museu Soares dos Reis (Porto), pelos anos cinquenta do século passado. Um rapaz turbulento e buliçoso, em correria desenfreada, deitou abaixo, partindo, o braço direito de Ismael, da bela escultura de  Augusto Santo (1868-1907). Felizmente, era a cópia de gesso...
Na altura, ficaram com o nome dos pais da criança, que não sei se vieram a pagar o restauro. Seria moralizador e um bom exemplo, que o adulto brasuca viesse a pagar o estrago que causou, para aprender a saber andar pelos museus, com mais atenção...


6 comentários:

  1. Esta história do anjo deixou-me horrorizada. Espero que o restauro seja bom e possível. Por muito que os seguros cubram estes desastres, nunca é a mesma coisa... Bom dia!

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    1. Estou consigo, Margarida, e não é o lado popularucho (ou populista) da "falta de pessoal" que evita estes acidentes. É o comportamento de alguns alarves, que o provoca.
      Porque o Museu Soares dos Reis, naquela altura, até tinha pessoal suficiente.
      Bom dia!

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  2. Boa tarde. O seu post tem sentido de humor, incluindo o episódio passado que V.Exª narra do MNSR.
    Não sou entendido, mas creio que o prloblema não é a falta de pessoal.Há 30 anos visitei o MNAA para ver os célebres painéis, pouco me lembro do resto, mas a imagem final foi de um velho e acanhado edifício. Ora se ainda a meio das salas metem objetos ou estátuas, tudo pode acontecer, principalmente neste tempo de afluência a museus em feriados e domingos de manhã grátis. O museu das Janelas Verdes não se pode comparar com as salas do Prado onde lutei contra o tempo a passar em corredores nos quais a meio do caminho só estão assentos para o público. É tudo, cumprimentos.

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    1. O MNAA sofreu obras importantes, há pouco tempo, e tem, neste momento, instalações condignas. Se vier a Lisboa valerá muito a pena revisitá-lo.
      Claro que as suas dimensões não se comparam às do Prado ou do Louvre, mas o equilíbrio do seu acervo não nos envergonha, nem nos deixa ficar mal.
      Saudações cordiais.

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  3. Fotografar a todo o custo. E o resultado neste caso
    é lamentável. Também me parece que devia ser responsabilizado.
    Na fachada da bela estação do Rossio, o espaço vazio onde em
    tempos havia uma pequena estátua de D. Sebastião, destruída por
    um selvagem, que nela se pendurou.
    Boa noite.

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    1. Parece haver necessidade de ensinar de novo as regras de comportamento. E o tipo de turistas que nos visitam bem precisam de ser instruídos nelas...
      Uma boa noite!

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