terça-feira, 1 de novembro de 2016

A propósito de uma encadernação, bonita


As encadernações são, com frequência, caras, e só muito raramente eu mandei encadernar livros. A última vez que o terei feito foi há mais de 15 anos. Justificava-se, porque a obra estava desencadernada e, não sendo muito valiosa, era um pouco rara. Mas também aprecio uma encadernação bem feita, e tenho algumas, bonitas, compradas usadas, em alfarrabistas.
É o caso da que aparece em imagem e que tem o ex-libris do  seu primitivo possuidor, o advogado Francisco de Mascarenhas Gentil (1906-1948).


Uma familiar, Isabel Maria Gentil (1912-1979), firmou também a sua posse manuscrita, em 1937, na folha de rosto desta obra menor de G. B. Chesterton (1874-1936), L'Auberge Volante (1936), em versão francesa. Não sendo uma edição preciosa, este romance deve ter agradado aos seus possuidores para o terem mandado encadernar em tão boas condições. E foi pelo esmero da apresentação que me tentou a compra do bonito volume.

Nota: julgo que o casal, referido acima, foram os pais de Helena Mª Vaz da Silva (1939-2002).

6 comentários:

  1. Tenho sempre pena de ver que a biblioteca de alguém que certamente muito estimou os seus livros, acabe assim espalhada por vários sítios. Felizmente que, de certeza, a maior parte dos livros vão parar a mãos que os estimam, mas dá pena.

    Boa noite:)

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    1. Lei da vida e da morte: e as coisas vão passando de mão em mão...
      Uma boa noite, também, para a Isabel!

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  2. Não conheço este romance, mas a encadernação é linda. Boa tarde!

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    1. Era um bom artífice quem executou a encadernação.
      Boa noite!

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  3. Mais uma vez meus cumprimentos. Concordo que esta versão francesa de Chesterton combina com a beleza da encadernação clássica. Voltas estranhas na verdade as deste livro, embora agora em boas mãos. Também tenho surpreendido nas velharias obras autografadas e dedicadas a figuras literárias conhecidas. Estranho é p. ex. o destino de parte do acervo, como se vê, desta figura parisiense ilustre da BD já falecida (esteve em Portugal):

    http://lucaboschi.nova100.ilsole24ore.com/2010/01/05/dove-finita-la-collezione-di-claude-moliterni/?refresh_ce=1

    Obrigado e saudações.

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    1. Muita coisa se perde, por transformação, ao contrário do que pretendia Lavoisier... Outras salvam-se quase por milagre.
      Saudações cordiais.

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