sexta-feira, 2 de março de 2018

Dos contos, como ficção

Não sei se hoje os leitores contumazes costumam ler muitos contos. Mas creio que as editoras preferem editar aqueles tijolos, que vemos muito pelos transportes públicos. E que permitem aos putativos e ocasionais leitores, sem grande concentração (eu creio que também há leitura automática!...), entreter, sem pensarem muito e à tona, o seu tempo de deslocação.



Durante uma boa parte da minha vida, sobretudo até à maturidade, eu comprava muitos livros de contos. E havia bons contistas portugueses. O meu tempo livre não era muito, mas era muito intercalado e havia contos, de 3 ou 4 páginas, admiráveis, que deixavam um rasto prolongado, e imorredouro, na minha memória. Estou a lembrar-me de pequenas narrativas de Somerset Maugam ou de Guy de Maupassant, por exemplo.



Na altura, eu não era esquisito. Quanto aos de temática policial, Edgar Allan Poe ou Conan Doyle eram dos meus preferidos. Na índole histórica, Alexandre Herculano e as suas Lendas e Narrativas mereciam-me emoção e respeito. De pura ficção, mais moderna, para ser justo, terei de lembrar vários contos de  Jorge de Sena e Cardoso Pires. E muitos outros, que seria fastidioso, aqui, enumerar.

6 comentários:

  1. Li o Sherlock nesta coleção. E tenho muitos livros da coleção Antologias Universais, sempre bem selecionadas.
    Gosto muito de contos e de crónicas, géneros que não são muito apreciados pelos portugueses - como tal os editores não publicam.
    Bom fim de semana!

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    1. De Maugham, "O Sacristão", "O Colar" (?), de Maupassant, e "Super Flumina Babylonis", de Jorge de Sena, são três contos muito bons, que sempre me dão gosto reler.
      Bom resto de fim-de-semana!

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  2. Também gosto muito de contos. Boa tarde!

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    1. Felizmente que temos (tivemos?) bons contistas portugueses.
      Um bom Domingo!

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  3. Nos transportes públicos costumo ler pequenos
    livros, não só para não me pesarem, mas porque
    os percursos são curtos. Quanto aos "tijolos" a
    que se refere, acho melhor do que os dedos a
    passarem continuamente nos pequenos ecrans, que
    acho que é cada vez mais, uma doença colectiva.
    Tenha uma boa noite.

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    1. Mal por mal, realmente, mais vale perder tempo com os tijolos..:-)
      Fiz várias tentativas para ler, sobretudo em comboios, e o máximo que conseguia eram jornais e revistas. Nem policiais e, por isso, desisti, há muito.
      Retribuo, cordialmente.

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