Não é muito extensa a bibliografia de Raul Brandão (1867-1930). Pouco passará de vinte, o rol de livros publicados, muitos dos quais, hoje, se encontram esgotados. As suas primícias literárias ocorreram em 1890, com o livro de contos Impressões e Paizagens, editado no Porto. Creio que esta obra nunca terá sido reeditada. O primeiro dos contos (A Pimpinella) é dedicado a Eça de Queiroz.
Era das poucas obras brandonianas que eu não tinha, nem nunca tinha lido. Em boa hora, o jornal Público decidiu, recentemente, publicar alguns dos livros de Raul Brandão, em edição fac-similada. Assim adquiri o voluminho (saído a 3/3/18), com gosto e proveito, por preço módico (5,95 euros).
Ainda sem a maturidade maior que viria a consagrar o Escritor, o livrinho juvenil tem ritmo picaresco, pinceladas anti-clericais, como era de tom na época, e lê-se lindamente.
Comprei dois dessa colecção, que não tinha, mas esse não comprei. Vou ver se ainda o arranjo.
ResponderEliminarDesejo-lhe um bom domingo:)
Lembrei-me: comprei esta semana um do Alberto Manguel que saiu este mês. Não sei se já viu "Embalando a Minha Biblioteca". Como sei que é leitor do autor...
ResponderEliminarÉ da Tinta da China, tradução de Rita Almeida Simões.
Obrigado pela dica, Isabel. Ainda não tinha dado pela sua saida.
EliminarNão sei se já leu o "Humus", ou se o tem. Eu sei que é um murro no estômago, e amargo de ler, mas é o melhor livro (para mim) de Raul Brandão. Penso que vale a pena. E era o preferido de Herberto Helder e, creio, de Cesariny.
Com estima, os melhores votos para o seu Domingo albicastrense!
Ainda não li "Humus", que já tenho à mão, para ler, há muito tempo, pois já me foi recomendado (não me lembro se terá sido o APS...), mas não tenho conseguido ler quase nada. Entre a escola, os afazeres domésticos e cuidar da minha mãe (que é semi-dependente) não me sobra grande tempo. Mas...um dia hei-de ficar aposentada ( ah!ah!ah!).
EliminarFoi um bom domingo, muito obrigada:)
:)
Os tempos nem sempre ajudam...
EliminarE "Humus" não é um livro fácil, mas áspero. Mas bem escrito e muito original até pela sua construção, como se fora um diário.
Não conte que a aposentadoria lhe vai dar mais tempo livre, dará, sim, mais liberdade - o que não é coisa pouca..:-(
Uma boa semana próxima de férias!
Desconhecia que "Humus" de Raul Brandão era o preferido
ResponderEliminarde considerados escritores. Sempre foi, como se costuma dizer
o meu livro de cabeceira. E tenho vários. A escrita de Raul Brandão
é para mim um bálsamo. Gostei de o sentir por aqui.
Desejo-lhe uma boa semana.
Creio que Herberto Helder fez uns poemas baseados ou inspirados no "Humus". Que considero um dos grandes romances (?) do século XX português.
EliminarAinda conheci, pessoalmente, a Viúva de Raul Brandão, que era vimaranense. Falo disso em: Bibliofilia 28, de 8/9/2010, aqui no Arpose.
Muito obrigado. Retribuo cordialmente.
Precisamente porque vou ter uns dias de calma, comecei ontem a ler "Humus". A ver se consigo a concentração necessária para o ler.
ResponderEliminarJá me têm dito o mesmo da aposentadoria :( Tenho uma irmã aposentada que anda sempre numa roda viva ( por aqui, pela aldeia do meu cunhado, às terras onde tem os filhos...não pára!). E na verdade conheço mais gente assim.
Uma boa semana e obrigada pelo diálogo.
( Vou espreitar o post de que fala à Maria Franco:)
Pois é, as férias são mais propícias às leituras, mesmo com os seus afazeres familiares. Mas também penso que, para o "Humus",é preciso persistência e dedicação.
EliminarA "Vila", de que Raul Brandão fala, no livro, sempre me pareceu a Guimarães de antes de eu ter nascido. E a Sé (ou Catedral?) lá referida, eu imaginava que era a Colegiada de N. Senhora da Oliveira. Mesmo o ambiente sombrio me parecia o dos Invernos, na Cidade.
Foi um gosto dialogar consigo..:-)
Renovo os votos de boas férias!
Fiquei com curiosidade de ler esse livro. Dele li as Memórias e Os Pescadores de que gostei muito. Boa tarde!
ResponderEliminarVale muito a pena, embora exija um empenhamento pessoal, até porque o romance (?) não conta propriamente uma história.
EliminarOs dois livros que refere são muito bons. Bem como "As Ilhas Desconhecidas", sendo que são mais alegres ou, pelo menos, neutros.
Boa tarde!