segunda-feira, 26 de março de 2018

Curiosidades 69


De há muito que o coração é usado como imagem e símbolo maior do amor. Já os egípcios o usavam assim. Muito embora alguns filósofos gregos dele tentassem fazer a morada da alma, sem grande sucesso. Também o cristianismo, iconograficamente, o atribuiu e personificou nas figuras do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria, em definitivo. Pascal e Descartes pronunciaram-se sobre o assunto, em reflexões conhecidas. De uma forma mais terrena e concreta, poder-se-ia falar do coração de D. Pedro IV, que se conserva, embalsamado, na Igreja da Lapa, e que o monarca português doou, como prova de afecto, à cidade do Porto.
Mais interessante porém é o mito anatómico, criado pelos romanos, de ligar, através de uma fina veia (vena amoris), o coração ao dedo anelar (não sei o que a acupunctura mais séria teria a dizer sobre isto...). E, residualmente, a ideia se ter perpetuado no facto e no símbolo de se usar a aliança de casamento no dedo anelar (esquerdo, muitas vezes). Ao que parece, e até ver, também para sempre.

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