quarta-feira, 16 de novembro de 2016

De E. M. Cioran, em jeito de balanço


Cristalizei algures entre a poesia e a prosa, sem poder optar por uma ou por outra; dos poetas, tenho o ritmo, dos prosadores, a insistência. Creio bem que não fui feito para a palavra.

E. M. Cioran (1911-1995), in Cahiers / 1957-1972 (pgs. 209/10).

2 comentários:

  1. Estaria brincando. Escritor e filósofo... como é que escreve não ter sido feito para a palavra?!

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    1. Convém não esquecer, Bea, que este (injustamente) chamado "filósofo de rua" era, de seu natural, um provocador nato.
      E escrevia os seus aforismos num francês (apesar de segunda língua) de estilo muito singular. E respeitadíssimo.

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