quarta-feira, 16 de maio de 2012

Osmose (33)


Quando encostava, suavemente, a língua ao palato, podia surpreender-se a dúvida (pouca vezes), o prazer ou menosprezo, pela expressão facial que se seguia. Ficavam todos à espera do ríctus ou do sorriso, ou de uma ruga horizontal na fronte calma. E da primeira palavra que diria.
Mas via-se, também, que a língua, nele, era origem e memória de outros afectos, que aí se vinham reunir, talvez sem serem chamados.

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