quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A saúde do negócio


Não sou um doente crónico, muito menos um hipocondríaco e, ainda menos, um frequentador assíduo dos Seviços de Urgência hospitalares: tê-los-ei utilizado, quando muito, 2 ou 3 vezes durante toda a minha vida.
É provável que a minha saúde, para além de aspectos genéticos familiares, se deva também a bons médicos particulares que tive desde a infância, quando o S. N. S. nem sequer existia.
Mas, hoje, ao contrário do que para aí se apregoa e reclama, sou um defensor estrénuo e absoluto desse Serviço Nacional, que o 25 de Abril nos trouxe. Exceptuando o actual sindicalista-Bastonário dos clínicos portugueses, tenho a louvar Médicos, Enfermeiros e Agentes de saúde que me têm atendido em hospitais públicos, com atenção e eficiência profissional. Dos privados, também não tenho grandes razões de queixa, muito embora o hospital Amadora-Sintra (público-privado), por várias informações e testemunhos de terceiros, me desperte grandes desconfianças pessoais.
Nos últimos tempos, porém, os mídia, na sua quase totalidade, parecem ter-se concertado para denegrir o S. N. S.. Constato, entretanto e com agrado, que a presente Ministra da Saúde, é uma mulher determinada, objectiva e que parece saber o que quer. 
E é conveniente lembrar que, com o prolongamento da vida humana, a Saúde, para muita gente não deixa de ser um enorme negócio, acarinhado por muitos tubarões das indústrias convergentes... 

9 comentários:

  1. O meu hospital (o que menciona) tem-me proporcionado longas horas de espera. No entanto, quando chega a altura do atendimento médico não tenho de que me queixar. Tenho deparado com médicos que respondem às queixas. O rapaz lá de casa tem a experiência inversa, excepto quanto à equipa médica de oftalmologia que é (era pelo menos à cinco ou seis anos atrás) excelente. Mas é de evitar, sem dúvida!
    Bom dia

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    1. Do Amadora-Sintra, entre outros casos, sei de dois exemplos escandalosos, de duas doentes que, já depois de anestesiadas, lhes terem desmarcado intervenções cirúrgicas por falta de tempo-espaço, e de terem sido obrigadas a recolherem a casa, com a ajuda de familiares, ainda meio atordoadas e trôpegas...
      Bom dia, também.

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  2. Acho que é um serviço essencial, que tem de ser assegurado. Bom dia!

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  3. Permita-me que discorde. Por múltiplas experiências pessoais, felizmente não em situações extremas, posso testemunhar que os média, ou quem manda neles, andam a disfarçar a derrocada do nosso SNS. Falo do lado dos utentes, mas também do lado dos desgraçados profissionais. Claro que os ricos e os remediados têm a adse ou quejandos, e por isso nem dão conta do que se passa.

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    1. É pecha portuguesa, habitual, que tudo o que é à borla (neste caso, tendencialmente) é mau, não presta e sujeito às críticas mais acerbas.
      As minhas reflexões sobre o assunto radicam em casos pessoais concretos (incluindo até um internamento post-operatório, de cerca de 1 semana, no S. José que, não sendo de hotel de 5 estrelas, cumpria os mínimos essenciais de qualidade) e em testemunhos de dentro. De 2 médicos amigos, da área de direita ideológica, sendo um deles catedrático e cirurgião do S. João (Porto). Eu não tenho ADSE mas, até hoje, não tenho a menor razão de queixa, nem sequer da minha, jovem, Médica de Família, cujo trabalho, atenção e cuidados postos à minha disposição, só tenho a louvar.
      Claro que, uma vez sendo do F. C. do Porto, nunca poderemos vir a ser do Benfica. O sangue só pode vir a ferver por um dos lados...

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  4. Há dias ouvi na TSF uma entrevista ao presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e ele punha o caso muito bem, para além da falta e médicos e enfermeiros.
    Com as reduções dos apoios sociais às pessoas com baixas reformas, que não são de agora, essas pessoas deixaram de poder comprar medicamentos. Se não fazem prevenção ou não tomam a medicamentação qual é o fim da linha? O hospital. Os hospitais estão cheios de pessoas nestas condições a quem não pode ser dada baixa porque não têm condições para ser ratadas em casa, nem que seja a uma gripe.
    Vamos lá a ver se conseguem reerguer o SNS.
    Na minha vida, que me lembre, fui duas vezes a uma urgência: uma no Santa Maria, onde fui normalmente tratada; outra num particular porque eram 23 horas quando vi que estava com herpes quase a atacar-me a vista e pensei que me despacharia mais rápido. Dei com dois médicos patetas que nem sabiam o que eu tinha. Pensei se eles não me medicam ainda tenho de ir para o Santa Maria... Urgências em particulares... jamais!
    Fui com um familiar duas vezes às urgências nos dois últimos anos e não poderia ter sido melhor tratado. Até estava receosa com o que ouvia...
    Espero que reforcem o SNS porque a população está cada vez mais velha e desprotegida.
    Bom fim de semana!

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  5. Tenho ADSE, mas tenho porque quero, não sou obrigada. É um seguro como outro qualquer, que pago. O mito que paira por aí que é o Estado que a suporta... Já foi.

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    1. A nossa experiência, de HMJ e minha, no que ao SNS diz respeito tem sido inteiramente contrária ao alarme social que muita da comunicação social veicula. Claro que houve desinvestimento nos últimos anos, evidentemente que a população envelhecida tem aumentado, mas seria bom que alguns desses "jornalistas" avençados tivessem um bocadinho de mundo. E tivessem contacto com os SNS da Inglaterra e da Alemanha, cujos serviços estão muito abaixo do nosso, em qualidade. Digo-o, porque sei e poderia até exemplificar.
      Bom resto de fim-de-semana.

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