quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Miscelânea


Uma publicação alemã, que também promove viagens, tem alguns dos seus destinos turísticos para a passagem do ano já esgotados. Um dos primeiros foi Lisboa e, por isso, não será tão cedo que nos livramos desta massificação desordenada, ruidosa e fotografante.
Esta sofreguidão pelo futuro pouco tem de consistente. Os picos da novidade ou interesses momentâneos correspondem apenas a meros caprichos que o poder mediático explora para ganhar audiências da corrente acarneirada dominante e da publicidade paralela e correspondente.
Neste mês de Novembro, e em pouco mais de uma semana, calaram-se três vozes portuguesas - duas fadistas e um cantautor. Logo o Arpose teve um pico de audiência sobre dois dos nomes que constavam do registo do Blogue, no dia e seguintes a estes dois óbitos nacionais. Mórbida atracção de vários anónimos e desconhecidos peléns que, decerto, nunca frequentaram sequer o Arpose.
Acrescente-se, por equilíbrio e por uma questão de justiça, ao obituário, o nome de Argentina Santos (1924-2019), nonagenária e fadista estimável, que não constava do registo do Blogue.
Agora, já consta...

3 comentários:

  1. Prefiro pensar que era gente que gostava e era fã desses que da lei da vida se libertaram e na morte são ainda vivos. José Mário Branco é incontornável na música portuguesa. Por ter feito tanta coisa dentro dela, que não foi apenas um cantautor. Por ser quem era e ter tido a percepção exacta do que somos: vamos sendo de acordo com a circunstância.

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