Em 2018, Alberto Manguel (1948) foi agraciado com o Prémio Gutenberg. Recentemente saído, o Gutenberg-Jahrbuch de 2019 transcreve o discurso de aceitação do escritor argentino em que ele refere, naturalmente, Jorge Luis Borges, mas também Franz Kafka e a Bíblia. Despertaram-me a atenção algumas considerações que Manguel tece a propósito de leituras, de que vou transcrever um pequeno extracto que me pareceu curioso e mais significativo. Segue:
O ofício da leitura é misterioso. Ninguém sabe (certamente nem os próprios leitores) como é que as palavras da página, captadas pelo olhar, se transformam em experiência, reflexão, memória e, algumas vezes, até em novas criações.
As razões que explicam como até hoje não passei do 1.º vol. da Recherche e das primeiras 30 ou 40 p. do Ulisses (nas duas tentativas que fiz).
ResponderEliminarBom dia!
A Joyce (Ulisses) é a dificuldade da obra que não ajuda. Porque o "Retrato de um artista..." e "Dublinenses", li-os eu com imenso prazer.
EliminarQuanto a Proust, pessoalmente, creio que será o ritmo (leitor/narrativa) diferente (muito lento) e um excessivo barroquismo, que me cansa. Antecipando o "nouveau roman" que também nunca me agradou muito.
Bom fim-de-semana.
Também li e gostei dessas obras de Joyce. :)
EliminarTenho estado a ler um estudo que refere a dificuldade que M. S. Lourenço estava a ter nas traduções parciais do Ulisses; aquilo é uma nova língua, uma língua 'inventada'.
Bom sábado!
E recheada de referências culturais muito vastas, nem sempre claramente expressas...
EliminarBom fim de tarde.