quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Na passagem do Tempo


O casal de rolas está enorme, cresceram com o Inverno, ao que parece. E quase ia jurar que vi um pequeno bando de quatro melros voando em esquadrilha, num assobio muito rápido. Depois, escolhi uma nesga de espaço, aonde o Sol chegava, por entre as casas altas, para esperar.
A luz batia, também, numas floritas de cor violeta-pálido, que medravam por entre as ervas e o estendal das azedas amarelas. E o canavial, cada vez mais alto, ia acompanhando a linha de água, como se fosse uma sebe. Mesmo na berma, em filigrana verde, sem flor, pareceu-me ver funcho. Cortei uma ponta, cheirei-a, e vi que me enganara.
Os pardais chilreavam ao Sol, gastando-se em voos inúteis, ou talvez brincadeiras amorosas. Mas as noites, ainda estão muito frias...
Quando voltei, a HMJ tinha fréseas amarelas à minha espera, na jarra. Colhera-as na varanda, onde já começaram a florir, nos seus ramos tenros, às escadinhas.

2 comentários:

  1. Gosto bastante de fréseas. Ontem comprei umas anémonas. Antes que desapareçam.

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  2. As fréseas aguentam alguns dias, felizmente. E têm um aroma divinal, MR.

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