segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Osmose (8)


O que viste?, como viste?, porque regressaste? Ou será que tudo não passa de um jogo com a vida, que acaba sempre com a morte?
Deixo amadurar os sentimentos com a acédia de que sou capaz, até chegar, naturalmente, aos limites prosaicos da razão. Para voltar aonde já estivemos é sempre bom e aconselhável esquecer.
Tento perceber que, quem tenha vivido na claridade, possa querer regressar ao nevoeiro, ao cinzento da "mais alta torre sobre o rio", às ruelas estreitas de granito que a chuva acaricia, de frio. Onde o róseo, muito raro, irrompe, às vezes, pelo fim do dia. Mas também sei que, com a idade, é muito incómodo e cruel mudar de pele ou de casa.

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