sábado, 1 de outubro de 2016

Má língua, em oblíqua oriental


Dizia-se, à boca pequena, nos tempos altos do comunismo vicejante, que os soviéticos costumavam usar os búlgaros, para fazerem os trabalhos mais sujos. Lembram-se da pista búlgara de Ali Agca, no atentado ao papa João Paulo II?
Pois agora, é a czarina Merkel e o grão-duque Juncker que seguem o velho exemplo da nomenclatura soviética. Não há nada que me comova mais do que o respeito por uma bonita e antiga tradição!... Mas parece que também houve um peão de brega, Mário David (português? judeu? búlgaro de segunda?), que ajudou à corrida. Ou será este o mercenário do trabalho mais sujo?

7 comentários:

  1. Fico sempre surpreendido com o patriotismo dos portugueses, que pouco fazem para ter um país decente, mas se empertigam todos quando um qualquer político de má índole ou futebolista são candidatos à bola de prata internacional. Sem querer ofender, claro, nem dizer que é o seu caso. Mas... Guterres, na ONU? Não chegou o que fez cá ou a situação a que deixou chegar os refugiados do mundo? Mas que raio de currículo tem o homem! Merkel, a ser verdade que teve influência no caso, pode salvar a ONU.

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    1. Olhe que a Merkel não é nenhuma Joana d'Arc e, se calhar, nem o Deutsche Bank consegue salvar...
      Quanto a S-GNU, tenho visto de tudo, desde o Dag até este coitadinho do Ban Ki-moon.
      Agora, isto parece um jogo de putos pouco sérios, que à partida tem jogadores definidos, mas como não ganha o que eles querem, no final da corrida metem uma jogadora mais folgada.
      Desta vez, adorava que não lhes corresse bem o jogo sujo. Valha-nos Putin, da Santa Rússia!

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  2. Isto não tem nada a ver com o patriotismo. Tem a ver que há um certo n.º de candidatos que se sujeitaram a provas e já foram a cinco votações. Por acaso o que teve melhores votações e o único que ultrapassou a barreira dos nove votos favoráveis, indispensável para o Conselho recomendar a sua nomeação à Assembleia-Geral da ONU, é português e chama-se António Guterres.
    Mesmo para os outros candidatos acho inadmissível que agora, pouco antes da votação de 5 de outubro, apareça uma nova candidata, para mais proposta pela Alemanha que é tão zelosa de todos os cumprimentos para certas coisas. Mas desde o princípio que já se entendeu o que aqui se passa. É que Guterres cumpre os preceitos do cristianismo em relação ao seu semelhante, o que não é muito apreciado no mundo de hoje, nesta barbárie em que uma parte do mundo vive. E isto não tem nada a ver com religião.
    É uma vergonha, não entendo como alguém se presta a este papel que é, como Marcelo disse que parecia a entrada na maratona nos últimos metros. E isto na maratona é possível? Não!

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    1. A Europa é uma espécie de Casino manhoso, em que os "croupiers"(políticos) fazem batota, continuamente, e não têm vergonha de a fazer. E nem sequer se incomodam em disfarçar os dados viciados.

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  3. No entanto, há razões para isto. A Alemanha não está, nem pode estar, representada no Conselho de Segurança, por causa de uma coisa que aconteceu no século passado. No CS estão apenas países decentes, cujos dirigentes atuais ou do passado nunca cometeram atrocidades, como a China, a Rússia ou Angola (e EUA, Reino Unido, França...). Logo, neste processo estranho, em que uns querem escolher por todos, a Alemanha não pode opor-se à designação de Guterres, um homem que, segundo o governo alemão, teve uma atuação desastrosa lá no Comissariado que partilhava com a Sra. Jolie. O governo alemão, que lutou quase sozinho para impor alguma decência no tratamento dos migrantes e refugiados (nomeadamente a vários países membros do CS) não quer Guterres. Como não pode votar nem vetar, nem acha que os restantes candidatos sejam fiáveis ou tenham hipóteses, joga por onde pode.

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    1. Nada a favor ou contra Guterres, tudo a favor do respeito pelas regras e princípios de base. Alterá-los a meio do jogo significa que os jogadores não são digno do mínimo crédito - são apenas uns batoteiros. Até criaria para eles uma palavra nova: são uns "vendalhos"!
      Vou esperar para ver.

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  4. Claro, APS.
    A 'decência' da Frau Merkel - sabe-se agora - era querer mão-de-obra barata.
    Boa noite!

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