Os dados foram colhidos em L'Obs (nº 2709). Só me surpreende o facto de não se falar com dramatismo trágico na dívida japonesa, cuja percentagem em relação ao PIB é praticamente o dobro da dívida portuguesa. Talvez questão de temperamento ou, como dizia o outro: "...a dívida é para se ir gerindo..."
Echad Mi Yodea
Há 34 minutos
Bom, não se fala com dramatismo por cá, que temos vistas curtas. Por cada vez que fala da dívida pública portuguesa, o Krugman arrepela-se dez vezes com a dívida pública japonesa.
ResponderEliminarMas há outros números que vale a pena ver. Por exemplo, a dívida das empresas e famílias (que em Portugal é superior à dívida pública, e no Japão não). Ou a dívida externa (o que o país, globalmente, deve ao estrangeiro, e não a nacionais) - por cá é de mais de 100% do PIB, no Japão cerca de 50%.
Haverá variações, naturalmente, e tudo depende da perspectiva com que se aborda o tema... Por outro lado, com o mal dos outros podemos nós bem.
EliminarCreio, no entanto, que nada justifica vivermos obcecados com o pecado da dívida. Directa e objectivamente, eu até nem devo nada a ninguém.
Diretamente, talvez não deva mesmo. Mas objetivamente, alguém ficou a dever as estradas por onde circulamos, a energia que consumimos, as escolas onde aprendemos, etc. E digo mesmo "objetivamente". Temos que deixar de pensar que o Estado Social é responsabilidade dos políticos - ele é uma escolha dos cidadãos.
EliminarEstou de acordo com os ajustamentos que faz, do ponto de vista objectivo, e na perspectiva do colectivo. Em que todos somos, de algum modo, responsáveis.
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