domingo, 5 de fevereiro de 2012

Jaime Gil de Biedma (1929-1990) : um poema


Recorda

Formosa vida que passou e parece
não passar mais...
                           Desde agora, aprofundo
sonhos na memória: e estremece
a eternidade do tempo lá no fundo.
E de repente um remoinho cresce:
sorve-me, arrasta-me, até que me afundo
numa gruta aonde vai, precipitado,
para sempre, sumindo-se, o passado.

Nota: a tradução do poema pertence a José Bento.
            

 

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