quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Mercearias Finas 154


Por esta altura do ano, costumo dar uma volta à adega, quanto aos tintos. Pelo Verão, é a vez dos vinhos brancos darem uma volta e eu retirar alguns, já mais antigos, para abate e por precaução... E se, para estes, 5 anos, com raras excepções, pode ser um limite de idade, para os tintos sou sempre muito mais tolerante - já bebi alguns (poucos) nacionais com mais de 40 anos, que estavam um esplendor!
Anote-se, previamente, que dos vinhos tintos retirados, os mais novos contavam quarenta anos e os dois mais velhos 46 de idade.

Vistoria feita, procedeu-se à retirada para prova e consumo das seguintes garrafas:

1. V. Dão Painel, Garrafeira de 1974 (numerada: 476), 12º - Caves Império.
2. Garrafeira Carvalho, Ribeiro & Ferreira, 1974 *, 12,3º - C. R. & F.
3. Garrafeira Carvalho, Ribeiro & Ferreira, 1978, 12º - C. R. & F. (que custou Esc. 1.100$00).
4. Bairrada, Reserva 1980, 12º, Adega Cooperativa de Cantanhede, 2 gfs. (Esc. 626$00, cada).
5. Quinta de Fontoura, Garrafeira Particular de João Girão, Douro (Lamêgo), Colheita 1980, 12,5º.
6. Vale Pradinhos, Pinto de Azevedo, Casal do Valle, Colheita de 1980, 13º.

* Foram postas no mercado 300.000 garrafas.

P. S.: já provados os 4., 5. e 6., todos em boas condições, sendo o último o mais apreciado.

8 comentários:

  1. Sempre gostei de, nas muito poucas adegas visitadas, olhar para o pó e teias que cobrem as garrafas, na sua antiguidade. A primeira visitada e que me ficou para sempre na memória foi em Setúbal, com a escola primária, com direito a um copito de Lancers no final, que recusei (sigh).
    Estes belos tintos devem ser mesmo para apreciadores!
    Bom dia

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    1. Conservei estes, porque eram vinhos de guarda e já, em tempos, os considerei (tendo-os provado) de qualidade e com capacidade de eventual envelhecimento. Naturalmente, com a idade perdem força (taninos), mas ganham "tranquilidade" e cambiantes de sabor insuspeitados, embora alguns se estraguem também - há o recurso do vinagre, quase sempre.
      Bom dia.

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  2. Ainda só tinha visto as garrafas ( já ampliadas ) e palpitou-me que as Carvalho , Ribeiro & Ferreira e a Valle Pradinhos irão dar-lhe imenso prazer.
    Eu tenho :
    1 Mouchão, de 1992
    1 Mouchão, de 2006
    1 Tapada do Chaves, de 1996.
    1 Barca Velha de 1985
    1 Casa de Mateus e
    1 Borba( rótulo de cortiça )
    Estas duas últimas estão em Celorico de Basto agora não sei indicar os respectivos anos.
    Como se pode verificar, qq delas é bem mais recente que as suas preciosidades !

    Abraço.

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    1. As C. R. & F. estou certo (como aliás refere) não me irão desiludir.
      Ainda tenho uma Barca Velha que, a não ser gémea da sua, será de 1983 - creio.
      Mas eu não desdenharia qualquer destas suas preciosa colheitas. E, em tempo, li que as colheitas Douro de 2017, vão ser para lembrar!
      Lembranças muito cordiais!

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    2. Sim, 2017 !!!
      Vou aconselhar os meus filhos a adquirirem várias para guarda !
      Eu, com 85 anos, já pouco posso esperar...

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    3. É o meu problema (quase) também..:-)

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  3. Gosto bastante (mas já há muitos anos que não bebo) de Carvalho, Ribeiro & Ferreira. Também gosto de Vale Pradinhos que bebi há pouco tempo, mas uma colheita mais ou menos recente. Eram uns vinhos que bebi com alguma frequência porque o meu pai gostava deles.
    Bom dia!

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    1. As CRF eram do melhor que havia, nos anos 60/70 exceptuando os Barca Velha e os Pera Manca. Os Vale Pradinhos foram pioneiros da casta Cabernet Sauvignon, em Portugal.
      Uma boa noite.

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