Se há escritores que não perdem, após a morte, a sua popularidade e cujas obras se vão continuando a imprimir e vender, como os livros de Simenon, por exemplo, outros há em que a crítica começa logo a questionar a qualidade da sua ficção, a seguir ao falecimento do autor, como foi o caso de John Updike. Ou mesmo em vida, como parece estar a acontecer, agora, com a avaliação que se tem feito das últimas obras de J. M. Coetzee.
Na Inglaterra, a perda de interesse pela obra de Françoise Sagan (1935-2004) tem sido progressiva (o TLS regista-a) e raros, dos seus livros, têm sido reeditados, encontrando-se esgotados na sua maioria, talvez porque esse clima fluído e leve da ficção da escritora francesa, que lembra a atmosfera cinematográfica de um Rohmer ou de um Truffaut dos anos 60/70 ( certeiro, oTLS dixit), se tenha perdido para sempre, nos dias de hoje.
Também não parece ter ajudado a edição recente de um livro inédito (e penso que incompleto) de Françoise Sagan. A crítica disse muito mal do livro.
ResponderEliminarFui recentemente a um alfarrabista em Bruxelas que tem, na área do policial, duas enormes estantes só com Simenon. Impressionante!
Bom dia!
O que é muito presente, acaba normalmente por ser efémero - talvez tenha sido o pecado da Sagan. Mas escrevia bem, o que não é o caso, por exemplo dos passarinhos e mãezinhas nacionais, Cuja fama foi feita com grandes investimentos publicitários das editoras, blogues ditos "literários" de algumas costureiras e a ajuda da ausência de sentido crítico lusitano.
EliminarSimenon sempre foi outra loiça!..:-)
Uma boa tarde.