segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Abel Salazar


Ao iniciar a leitura do segundo volume da biografia (política) de Álvaro Cunhal (Temas e Debates, 2001), por José Pacheco Pereira, fiquei agradavelmente surpreendido ao saber que aquele tinha grande admiração pela obra de Abel Salazar (1889-1946), e lhe dedicara algumas referências críticas elogiosas na correspondência que trocaram.
Lembrei-me das primeiras pinturas de Abel Salazar, que conheci, no início dos anos 70, em casa de um amigo, perto de Urgezes, nos subúrbios de Guimarães. Pequenas telas intimistas, de interiores, com singular tratamento da luz, que me deixaram fascinado. Mais tarde, tomei contacto com mais trabalhos pictóricos deste médico nascido em Guimarães, que pintava muito bem, na Sociedade Martins Sarmento.
E porque lhe admiro, também, a obra, hoje, concluí que as suas pinturas talvez estejam subavaliadas e ele, como bom pintor, está muito esquecido por quem gosta de pintura portuguesa. Por isso, aqui o venho recordar pelo seu auto-retrato, por uma paisagem e ainda pela jovem das Galerias Lafayette.



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