terça-feira, 12 de março de 2024

Apontamento 159: Pé ante pé, minando a democracia, até à desgraça final

Um partido de extrema-direita alemã, que dá pelo nome enganador de “Alternative für Deutschland” [ou seja, Alternativa para a Alemanha], com sigla AFD, tem, no Parlamento Alemão, 79 deputados, a saber, o correspondente a 10,61%.

Ora, o que se revelou, recentemente, é que os eleitos da AFD já contrataram, 100 elementos de vários grupos da extrema-direita alemã para os seus serviços de apoio.

Com efeito, a infiltração da extrema-direita no sistema já se iniciou, basta alargar a influência para, lentamente, continuar a minar a democracia.

Lá como cá, os seus apoiantes são desejosos de restaurar regimes totalitários – comunista ou fascista – porque, infelizmente, o seu horizonte mental não ultrapassa o muro da quintarola, incapaz de viver com liberdade e em democracia. Não aprenderam o benefício da autonomia do pensamento, o alcance e a abertura de espírito do livre arbítrio.

De facto, e parafraseando Camões: "Quem não sabe a arte, não na estima"!

Obviamente, quem não aprendeu o benefício da liberdade e da democracia, não a pode estimar. No fundo, são pessoas que têm medo da democracia e, por isso, querem acabar com o papão que os parece ameaçar, elegendo figuras sinistras preparadas e disponíveis para minar o sistema e a democracia por dentro.

Pobres criaturas, pobres países !

Os antigos e novos ditadores estão à espreita, agradecendo a ingenuidade de certos princípios democráticos que favorecem o seu objectivo final. i.e., a instabilidade permanente e o caos das sociedades com regras democráticas, com o fim da vivência plena das liberdades civis.

 Post de HMJ

 

5 comentários:

  1. O tempo é rápido e as pessoas querem tudo. Todos têm direito a uma vida melhor, só que os 25% de jovens que votaram no Chega não viram como as pessoas viviam há 50 anos e os pais educaram-nos muito mal. Não conseguem aguentar uma contrariedade na vida.
    As barracas acabaram há 25 anos em Lisboa. Não foi assim há tantos anos...
    Nem sei que diga...
    Bom dia!

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    1. De HMJ para MR:
      Os pais esqueceram-se do passado. Caso lessem jornais, recomendaria as Crónicas no DN sobre a vida das pessoas há 50 anos. Infelizmente, a Escola também não tem como objectivo principal pôr a criatura a pensar. Como dizia, noutro dia o Professor Damásio, "hoje o que se pretende é entretenimento em vez de pensar e reflectir". Assim, é fácil para a direita manipular o pagode !

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  2. Fiquei horrorizada. Cá são mais do 10% dos deputados - se não me engano nas contas, são 18 % :-( Não foram só os jovens, foram muitas pessoas convencidas que o Chega iria reduzir os impostos e acabar com a corrupção, além de que não estão contentes com os emigrantes (sobretudo paquistaneses, etc.). Eu vou ouvindo as conversas dos cafés e fico de cabelos em pé. Veremos no que isto vai dar, mas parece-me que não será nada de bom. Já não será muito mau se o PSD não se aliar ao Chega. Boa tarde!

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    1. De HMJ para Margarida Elias:
      Também para si vale a resposta para MR. A corrupção é uma falsa arma e deviam começar por vasculhar no Chega, mas parece que o Ministério Público tem outras prioridades do que ver os donativos escondidos nesse universo podre. É com falsas promessas que os Nazis chegaram ao poder em 1933. Pena é que certos votantes do Chega já se esqueceram do seu passado de emigrantes.

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    2. Concordo consigo. É um discurso populista e oco, só feito de promessas - ao nível do Trump. Não tem qualquer critério de história ou de lógica. Mas há gente que aprecia, infelizmente. Boa noite!

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