segunda-feira, 2 de julho de 2018

Uma fotografia, de vez em quando... (108)


Há sempre um traço inaugural, uma pincelada prévia sobre a tela branca, um primeiro verso, ou uma primeira palavra que se escreve, ao começar uma carreira. Como pode haver uma pedra na fotografia inicial que se tira, mesmo que ela possa convocar uma pintura, que até poderá ser de Magritte. Depois, esse objecto que tomou forma exterior a nós, ganha relevância. Tentamos vê-lo à distância, atribuir-lhe um valor. E será arte, ou não?


Gérard Castello Lopes (1925-2011) terá começado por fotografar uma pedra sobre mar, que se lhe impôs ao olhar. Vendo depois o resultado e dando-o a ver, ele ganhou cidadania artística, espaço. Terá sido assim que iniciou a sua carreira de fotógrafo, a partir do meio da vida. Como autodidacta, mas influenciado (é ele que o diz) por Cartier-Bresson. Mas as temáticas, eram suas.


E maioritária, genuinamente portuguesas.



6 comentários:

  1. Tenho um ou dois livros dele e vi há anos uma grande exposição sobre a sua obra. Era um grande fotógrafo.
    Boa semana!

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  2. Gostei das fotografias, sobretudo da última. Boa tarde!

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    1. Eu prefiro a da rocha, embora também goste das outras.
      Boa tarde.

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  3. Só o apelido me traz uma boa recordação,quando no cinema
    via o logotipo filmes "Castello Lopes". Quanto à qualidade
    de Gerard Castello Lopes como fotógrafo sempre gostei das fotografias,que ficaram como testemunho,do seu olhar por este país e pela sua gente.
    Ainda bem que aqui o recordou. Gostei muito.

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    1. É verdade: era uma marca de qualidade. E as "Actualidades Francesas" que eu via, em Guimarães, sempre com um atraso de 2/3 semanas..:-)
      Tenho consciência que tenho posto poucos fotógrafos nacionais.
      Ainda bem que gostou.

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