terça-feira, 24 de julho de 2018

Títulos horripilantes (ou cândidos?)


Num desses blogues de costureiras de retalhos (disfarçadamente pagas por editoras sem ética, nem princípios de qualidade), em que restabeleço a minha boa disposição, de vez em quando, mas também colho algum desconforto mental, seleccionei mais alguns títulos de gosto lumpen, chunga e altamente rasteiros, que passo a descriminar:

- A fome, que curiosamente não se inspira em Josué de Castro - não confundamos.
- diz-lhe que não, provavelmente, de alguma autora virgem serôdea, em reflexão filosófica.
- Se vier vento do Norte, chove, decerto escrito por algum meteorologista autodidacta...

Finalmente:

- Ensina-me a voar sobre os telhados, segura e naturalmente, escrito por algum pássaro bisnau, implume e desesperado.


6 comentários:

  1. Ah!Ah!Ah!
    Realmente...que pobreza de títulos.

    Estes seus posts são sempre engraçados!

    Um bom dia e continuação de boa semana:)

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    1. Eu pergunto-me só se não há ninguém nestas editoras (?) que não se aperceba desta indigência flagrante... Porque os conteúdos ainda devem ser piores.
      Obrigado pelos votos, e igualmente.

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  2. Possivelmente as editoras pensam que com estes títulos
    tão "apelativos?" vão vender mais. E se calhar até resulta,
    já nada me admira. Tenha uma boa tarde.
    Faltava dizer, que gostei do seu sentido de humor!

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    1. Até parece haver uma subversão (consciente?) no sentido de fazer implodir os cânones que presidiam à produção dita artística.
      Se é no sentido do abaixamento ou aviltamento para a pôr ao nível mais baixo, e chegar a todos, é democraticamente uma vileza. Só aumentando a exigência se consegue elevar o cidadão. Até a pensar.
      Mas talvez o poder, no seu sentido lato, não esteja interessado nisso.
      Uma boa noite.

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