segunda-feira, 30 de abril de 2018

Making of


Fala-se pouco dos bastidores de Blogues, mas eu gosto de os abordar, até por uma distanciação e dessacralização de perspectiva de tudo aquilo que, também, faço ou vou fazendo.
Se há rascunhos que aguardam, há muito, no limbo do Arpose, a vez de publicação, outros postes há, imediatistas, cuja feitura coincide com a sua própria publicação. Ou por que era premente partilhá-los, ou por catárse pessoal e indignação sentida, na sequência de factos exteriores.
Ao longo destes já quase nove anos que o Arpose leva de vida, verifico que há muitos postes que eram escusados, outros de que me arrependo um pouco de terem sido publicados, outros, ainda e felizmente, mas muito mais raros, que mantém a sua perene actualidade.
Os balanços permitem sempre avaliar um perfil. Ligeiro, denso, emocional, cultural, reflexivo, banal. E, muitas vezes, definir uma idade. Por exemplo, pelas escolhas musicais do administrador, que balizam - na fixação do gosto - os 20/30 anos de quem as faz.

9 comentários:

  1. Seja como for, é um excelente blogue. Boa tarde!

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    1. Muito grato lhe fico pelas suas amigas palavras.
      Bom resto de tarde.

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  2. A imagem é muito bonita, e mostra um caminho.
    Assim tem sido a feitura do seu blogue ao longo de quase
    nove anos. O que faz agora é uma análise, e acredite que
    nunca nada é perfeito. Mas continue o caminho, pois é sempre
    muito estimulante tudo o que aqui trás e decerto muitos dos
    visitantes estarão de acordo comigo. Desejo-lhe um bom feriado.

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    1. Achei a imagem apropriada e também bonita.
      Tenho consciência de uma boa parte dos meus erros, mas evito que a auto-censura me limite, no Arpose - o que, às vezes, é uma tentação sibilina e misteriosa, na sua origem.
      Agradeço, cordialmente, o seu incentivo.
      Retribuo os votos, para o seu 1 de Maio, com estima.

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  3. Achei interessante a sua reflexão, porque às vezes também a faço de forma semelhante. Dos post que publiquei não me arrependo de nenhum, mas houve uma evolução, não sei se para melhor se para pior, mas aprendi muito ao longo destes anos. Tenho alguns post em stand by, e acho que nenhum já vai ver a luz do dia, porque passou a actualidade do que lá está.

    Se o blogue é um pouco o espelho de quem o faz, é porque ele é verdadeiro e isso é bom.

    Do Arpose, só tenho elogios a fazer, tenho aprendido aqui muito e espero continuar a aprender!

    Desejo-lhe um bom feriado!

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    1. Os 3 ou 4 arrependidos são postes de natureza política. Mas também houve alguns mortos à nascença, por não ter encontrado a "voz" que eu queria..:-)
      Agradeço as suas palavras sobre o Arpose.
      E só espero que vá tendo mais tempo para o seu. Que seria um bom sinal, de espaço e, talvez, de despreocupação.
      Um bom final de tarde para o seu 1 de Maio.

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    2. Ah!Ah!Ah!
      As questões políticas são mais sensíveis, ainda por cima se se escreve no calor do momento.

      Uma boa noite:)



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  4. Acasos improváveis.

    De raízes no Tempo
    Primeiro, a gare iluminada. Depois aquele comboio nocturno e sonolento,
    coalhado de garrafões e malas velhas, de gente simples e soldados que
    contam proezas de quartel. .......
    Reconhece este texto? Vou explicar por estranho que pareça. Penso estarmos
    de acordo sobre o jornal que era um imenso prazer nos anos, talvez 60-70
    Na altura criei um pasta onde colava numas folhas o que lia e gostava.
    Essa pasta estava na minha casa "abandonada" e há algum tempo trouxe-a para
    o pé de mim. Encontrei uma serie de nomes que na altura não eram conhecidos
    e que entretanto passaram a ser. Curiosamente mais tarde tornei-me amiga de quem guardei algumas poesias. Esta pasta ainda tem aquela ferragem para
    segurar as folhas que está completamente ferrugenta. Vou abreviar pois já
    estou a alongar-me demasiado. Sempre me lembro do meu querido Diário de
    Lisboa com alguma ternura, porque nessa altura eu era nova e o futuro
    podia vir a ser uma aventura. Agora, vai sendo tudo cada vez mais lento
    e apagado. Não sabia onde iria escrever isto por não gostar de me expor.
    Lembrei-me de apanhar este Arpose mais antigo para o fazer.
    Achei curiosa esta coincidência passados tantos anos.
    Desejo-lhe tudo de bom, e vai ter de me aturar nalguns comentários ás
    vezes bem pobrezinhos e até mal escritos.

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    1. Claro que reconheço.
      É a despedida, ficcionada, do meu grande amigo António de Almeida Mattos que ia para o Norte (Fafe) passar uma semana (?) com a família, antes de embarcar para a Guiné, donde felizmente regressou. O texto foi escrito com o coração da Amizade.
      E o DL-Juvenil era sempre um aconchego de alma, às segundas-feiras, em que reuníamos com o Mário Castrim para reconfirmar o que seria publicado no dia seguinte. Havia colaborações a substituir, porque algumas tinham sido riscadas pela Censura...
      Como lindamente diz, Maria Franco, "e o futuro podia vir a ser uma aventura." O 25 de Abril até foi!
      Não imagina a alegria que me deu, com esta romagem a que me obrigou.
      Afectuoso abraço amigo.

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