Há memórias que não jogam, entre si. Ou porque os intervenientes não chegam a acordo quanto a datas e pormenores, ou porque somos a única testemunha sobrevivente e já não temos ninguém que possa certificar o facto com rigor.
Por uma coincidência, de estatística altamente improvável, sei que eu e mais dois amigos nos encontrámos, afortunadamente, no Verão de 1973 ou 1974, em Londres, numa esquina de Picadilly Circus, por mero acaso. Como diziam os antigos cauteleiros: há horas felizes...
Eu sei que o mundo é pequeno.
Mas nem eu, nem o Carlos, nem o António, nos lembrámos de mais nada. Para além desse facto real.
Quando muito, a efabulação de um escritor poderia compor o resto, com imaginação afectuosa.
E escrever um romance. Se tivesse talento.
E escrever um romance. Se tivesse talento.
Sucedeu-me algo parecido, talvez nos finais dos
ResponderEliminaranos 70 em Londres. Ia num autocarro quando vi
um antigo colega a atravessar uma rua, ou num
passeio, já não me lembro, claro. Neste caso
era totalmente impossível o contacto físico.
Eu que tenho tão má memória nunca mais me esqueci
como foi frustrante não lhe ter falado. Também
acho que algumas vezes o mundo até parece pequeno.
Bom fim de semana.
O seu caso fez-me lembrar o princípio (?) ou o fim (?) do filme "Doutor Jivago"..:-)
EliminarHá, realmente, coincidências espantosas, como foi a deste meu encontro em Londres, tão improvável era.
Bom resto de fim-de-semana!
Também já me aconteceu nas Portas do Sol em Madrid. E encontrar um amigo, que pouco vejo em Lisboa, dois anos seguidos em dois museus: Belvedere (Viena) e National Gallery (LOndres). Até nos rimos...
ResponderEliminarBom dia!
Pelos vistos, estes inesperados encontros acontecem mais do que o que eu imaginava..:-)
EliminarBom dia!
Há momentos fortuitos, que se tornam marcos na nossa vida. Podemos esquecer os pormenores à sua volta, mas aquela memória específica fica!
ResponderEliminarÉ verdade. Porque o resto são fragmentos dispersos e difusos.
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