quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Obras de caridade

 

Eu já tinha chamado o elevador quando, neste mesmo andar, ouvi barulho interior de chaves na porta de Dona F. Claro que lhe dei prioridade, após muita insistência de ambas as partes e mútuos agradecimentos. Fiquei assim à espera do outro elevador. Depois, foi no regresso de comprar o jornal, que a Cabeça de Fósforo (alcunha pelo seu cabelo pintado cor de fogo...) foi objecto da minha caridade, ao abrir a porta da rua. A vizinha, do segundo andar, roliça e mais nova que eu, já se apoia, porém, a uma bengala. Trazia copioso lixo e, cavalheirosamente, segurei-lhe a porta para que ela passasse primeiro. Agradeceu-me, reconhecida.

Se fosse escuteiro, logo pela manhã, teria já praticado duas boas acções...

8 comentários:

  1. Com estas restrições, agora está difícil para subir de elevador. Mas o medo, pôs as pessoas mais cordatas. Pelo menos aqui no meu prédio onde existem uns grunhos que nem os bons dias davam.
    Bom dia!

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    1. Concordo: as dificuldades trouxeram ao de cima alguma solidariedade.
      Boa tarde.

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  2. Ah!Ah!Ah!
    Também sou uma escuteira, nesse aspecto. Mas ODEIO quando as pessoas passam e nem agradecem (isso não acontece aqui no prédio, mas às vezes em locais públicos).

    Boa tarde:))

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    1. Os sentimentos são partilhados, também.
      Uma boa noite e muita saúde!

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  3. Boas acções destas são agradecidas (por vezes até se estranham) por quem as recebe. E entram para a lista de merecimentos do Pai Natal ;)
    Bom dia

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    1. Às vezes, consigo ser um cavalheiro à moda antiga..:-)
      E, como de algum modo refere, a época convida à amabilidade.
      Bom dia.

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