sábado, 7 de setembro de 2024

Do que fui lendo por aí... 65



Com a habitual franqueza crua e desapiedada escrita, assim se pronuncia, a páginas 43 do Diário Selvagem, Luiz Pacheco (1925-2008) sobre os diários que ia lendo:

"Destes diários que li nas últimas semanas o mais aprazível foi o da BEATRIZ COSTA. Não é uma literata. Decerto não está à espera do prémio Nobel porque não se considera escritora. Mas Sem Papas na Língua tão-pouco revela travões na escrita. Fala de si, da sua vida, dos seus amantes com ALEGRIA.
Não é um engasgado, estilo Vergílio Ferreira. Ou um tipo que parece estar sempre com dores de barriga, enjoadinho, como o Alçada Baptista (terei de reler a Peregrinação Interior II deste, de que gostei muito na altura e ler a I que não me cheirou quando saiu). A Beatrizinha bate-os a todos. É ela. Fez melhor que o Solnado, o qual encarregou uma fulana de escrever. É ela."

2 comentários:

  1. Li as memórias de Beatriz há muitos anos, quando saíram. Gostei e diverti-me, mas há coisas que se não devem contar.
    Boas leituras!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A Beatriz e o Pacheco deviam estar no mesmo comprimento de onda..:-)
      Obrigado!
      Boa tarde.

      Eliminar