quarta-feira, 9 de março de 2022

Dicionários e Enciclopédias temáticas



Estes Vademecum, sendo bem feitos, conscenciosos e elaborados por conhecedores da matéria tratada, têm um valor inestimável para amadores e para quem queira ficar a saber alguma coisa sobre os assuntos.
Nem tudo se pode encontrar por lá, daquilo que gostaríamos, e compreende-se, apesar das 1114 páginas cerradas deste Dictionaire des Interprètes et... (Robert Laffont, 1989), do chefe de orquestra Alain Pâris (1947) que orientou um grande número de colaboradores-especialistas. Comprei o grosso volume, usado, muito barato, há tempos, e valeu a pena.
O seu anterior proprietário vê-se que era um melómano e percebia bastante de música pelas anotações a lápis que deixou no livro. Uma das mais curiosas, embora pessoal, foi a que escreveu na entrada do pianista e chefe de orquestra espanhol José Iturbi (1895-1985), assim: 1º pianista que ouvi aos 15 anos. São também inúmeros os apontamentos de nomes de artistas que não constavam deste dicionário, de que eu destacaria o do pianista português Sequeira Costa (1929-2019).
Aliás não são muitas as entradas de artífices portugueses. A referir, cronologicamente:
- José Vianna da Mota (1868-1948), na página 861.
- Pedro de Freitas Branco (1896-1963), a páginas 381.
- Maria João Pires (1944), pg. 691.
Anotem-se ainda as entradas da Orquestra e do Coro da Fundação Gulbenkian, no capítulo das instituições musicais.
Como curiosidade final, não gostaria deixar de referir as entradas, nesta obra, dos 3 irmãos Marx, na sua qualidade, respectivamente de: Chico (pianista), Groucho (guitarrista e tocador de banjo) e Harpo Marx, como harpista.
Ainda assim creio que nenhum destes últimos músicos chegaria aos calcanhares de Sequeira Costa. Mas como lá diz o povo: Mais vale cair em graça do que ser engraçado...

6 comentários:

  1. Que preciosa obra tem !...
    Acerca de omissões portuguesas, menciono Oscar da Silva e Guilhermina Suggia...
    Grato por esta postagem.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É um livro utilíssimo, realmente.
      Também estranhei a ausência da Suggia...
      Foi um gosto dar a conhecer esta obra.

      Eliminar
  2. Tenho uns dois destes dicionários. Já consultei vários e são muito bons.
    Tem «Encyclopédie des vins et des alcools de tous les pays»? No Natal ofereci-o a um amigo. Arranjei-o num alfarrabista.
    Bom dia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Esse de bebidas alcoólicas não tenho, mas tenho o dos Símbolos, que é muito completo.
      Boa tarde!

      Eliminar
    2. Se me voltar a aparecer...
      Já tive o dos símbolos mas ofereci-o a quem faz bom uso dele. Mas deu-me bastante jeito quando o consultei.
      Boa semana!

      Eliminar
    3. Obrigado, mas não se incomode.
      O dos Símbolos também é bom, realmente.
      Uma boa noite.

      Eliminar